Mundo

Cientistas desenvolvem controle remoto para a bexiga

30 out 2003 às 14:27

Pessoas que sofrem de incontinência urinária poderão, um dia, utilizar um controle remoto para regular suas necessidades fisiológicas.

Cientistas da Universidade de Melbourne, na Austrália, dizem estar próximos de criar esfíncteres artificiais operáveis por controle remoto.


A incontinência urinária ocorre quando o músculo do esfíncter não é mais capaz de manter a urina na bexiga.


Os cientistas dizem que o esfíncter artificial resolve esse problema e permite que o usuário decida quando quer ir ao banheiro.


A técnica desenvolvida pelos cientistas envolve a remoção de tecido de outras partes do corpo para criar um anel de músculo. O músculo é então transplantado para fazer o esfíncter artificial.


Um pequeno estimulador elétrico, semelhante ao usado em marca-passos, também é implantado para dar ao usuário controle sobre o músculo.


O paciente pode, então, usar um controle remoto para operar o músculo quando quiser ir ao banheiro.


O professor John Furness, que lidera a pesquisa, acredita que a técnica poderia transformar a vida de milhões de pessoas que têm incontinência urinária. "As únicas soluções cirúrgicas disponíveis até agora envolveram dispositivos protéticos que apresentaram problemas como vazamento, não-funcionamento e reações adversas do tecido", diz Furness.


Os cientistas esperam começar a fazer testes clínicos em 2005. Se a iniciativa for bem-sucedida, o dispositivo pode chegar ao mercado em cinco anos.


A incontinência urinária pode ocorrer por causa de traumas no músculo do esfíncter.


Nos homens, isso pode acontecer após uma cirurgia para tratamento de câncer na próstata. Nas mulheres, pode ocorrer quando elas alcançam a menopausa, especialmente se elas tiveram filhos.

Fonte: iG, parceiro do Bonde


Continue lendo