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Choque de trens na Alemanha foi provocado por falha humana; 11 morreram

16 fev 2016 às 19:44

O acidente ferroviário que deixou 11 mortos, na semana passada, no sul da Alemanha foi provocado por falha humano, confirmaram nesta terça-feira (16) as autoridades do país, indicando ainda que um funcionário responsável pela sinalização foi acusado de homicídio por negligência.

"Não existe qualquer indicação de problemas técnicos. Nossa investigação mostrou que foi um erro humano com consequências catastróficas", disse Wolfgang Giese, procurador responsável pela investigação em conferência de imprensa realizada pela comissão de inquérito do acidente.


O funcionário responsável pela sinalização no dia do acidente é apontado como o principal responsável e foi acusado de homicídio por negligência, lesões ou interferência perigosa no tráfego ferroviário, segundo o magistrado.


"Se ele tivesse respeitado as regras não teria existido nenhuma colisão entre comboios", reforçou o procurador.


Na semana passada, a imprensa alemã, citando "fontes próximas do inquérito", já tinha adiantado que um erro humano provocou a colisão.


O acidente


O choque frontal entre dois comboios regionais ocorreu nas primeiras horas da manhã do último dia 9, na linha que liga Rosenheim a Holzkirchen, uma zona de floresta situada a cerca de 60 quilômetros a sudeste de Munique, capital da Baviera. O acidente deixou 11 mortos, cerca de 80 feridos, entre eles 20 em estado grave.


O funcionário ferroviário, que permitiu que os dois comboios oriundos de direções opostas viajassem na mesma via, fez uma chamada de emergência depois de ter percebido o erro, mas não obteve resposta, segundo afirmou outro procurador, Juergen Branz, na mesma entrevista coletiva.


A polícia submeteu o funcionário a uma análise de sangue no dia do acidente. Segundo os resultados das análises, o ferroviário não estava sob efeito de álcool ou drogas.

O funcionário, que tem vários anos de experiência profissional, admitiu o erro ontem (15). O homem, de 39 anos, não foi colocado em regime de prisão preventiva, mas sim enviado, após consultas com os advogados de defesa, para um lugar seguro, cuja localização não foi revelada.


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