Cerca de 16 milhões de venezuelanos decidem neste domingo sobre o projeto de reforma constitucional que, por iniciativa do presidente Hugo Chavéz, pretende alterar 69 dos 350 artigos da Constituição Nacional. A participação no referendo não é obrigatória.
Embora a abertura das seções eleitorais estivesse prevista para as 6h da manhã (8h em Brasília), desde as 4h (6h em Brasília) já se ouviam fogos de artifício em Caracas. Carros particulares com potentes caixas de som começaram a percorrer a capital venezuelana tocando um hino militar (La Diana) e convocando as pessoas a votar.
A estudante Anais Taboada, 22 anos, foi uma das primeiras a chegar à seção eleitoral de Chacaito, bairro da capital venezuelana onde há forte presença de pessoas contrárias à reforma.
"Cheguei cedo para garantir meu voto e exercer meu direito. Quero opinar porque este referendo vai decidir o futuro de todos os venezuelanos", disse.
Para a estudante, a votação é ainda mais importante do que uma eleição presidencial. "Decidiremos sobre as leis que vão nos reger nos próximos anos", comentou.
Já a comerciante Kelly Posada, 46 anos, crê que a participação dos venezuelanos é vital para o país. "Para garantir a liberdade e a democracia, temos que votar e estarmos atentos ao que acontecerá depois. Até agora, penso que vivemos em um regime democrático, mas ele corre perigo e as pessoas devem fazer de tudo para votar", disse.
Segundo o Conselho Nacional Eleitoral, foram instaladas mais de 33 mil mesas de votação. Além disso, toda a votação será monitorada por 80 observadores internacionais, 1,2 mil observadores nacionais e outras 66 mil testemunhas de ambos os blocos.
A votação se encerra às 16h locais (18h de Brasília).
ABr