A suspeita provável do primeiro caso de vaca-louca no estado de Washington (EUA), pode aumentar as exportações de carnes do Brasil. A avaliação é do ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues que está em Ribeirão Preto (SP), para comemorar o recesso de Natal.
Ele disse que até a venda de carne bovina para os Estados Unidos é possível. Na onda, as exportações de frangos e suínos, para outros países, também poderão sair fortalecidas, uma vez que a desconfiança das pessoas em relação à carne bovina aumento demais. "É uma situação dramática para os Estados Unidos. É uma pena que tenha acontecido isso com eles, mas isso pode abrir mercados para o Brasil".
Apesar da hipótese de incremento das exportações brasileiras, o ministro imagina que o protecionismo sanitário dos países importadores de carne poderá aumentar ainda mais.
Rodrigues afirmou que o primeiro caso da vaca-louca nos Estados Unidos pode ajudar também o Brasil a aumentar suas vendas para países como Japão e Coréia, que compram cerca de 60% de toda a carne bovina produzida pelos Estados Unidos.
Segundo ele, países como Brasil - atualmente o maior exportador de bovinos do mundo - Austrália e Argentina poderão ganhar mais espaço no mercado asiático. "Ainda há resistência dos países da Ásia em comprar carne do Brasil por causa da aftosa, especialmente na Região Nordeste do país, mas ainda sim há possibilidades de abrirmos mercados na Ásia", disse.
Para evitar qualquer impacto negativo no mercado brasileiro, o Ministério da Agricultura já tomou as providências sanitárias exigidas pela Organização Internacional de Epizootias (OIE). Suspendeu as importações de ruminantes originários dos Estados Unidos e de todos os produtos e subprodutos desses animais.
As autorizações de importações de produtos considerados de risco que estavam em negociação e que não foram implementadas também foram canceladas. De acordo com Rodrigues, o governo brasileiro está em contato com o governo dos Estados Unidos e rastreando todos os animais suspeitos para evitar qualquer impacto no Brasil.
Fonte: Agência Brasil (ABr)