O embaixador japonês no Brasil, Teiji Hayashi, informou que desde o dia 8 de setembro a polícia japonesa solicitou que a Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) adicionasse o paranaense Anderson Robson Barbosa em uma de suas listas. Barbosa é suspeito de ter matado a facadas a esposa Manami Aramaki, 29 anos, e a filha Lily, 3. Elas foram encontradas mortas no apartamento onde moravam, na cidade de Sakai, província de Osaka, no Japão, na manhã de 24 de agosto, com várias perfurações nos corpos.
No Brasil, o Escritório Central Nacional da Interpol fica em Brasília e é operado pela Coordenação-Geral de Polícia Criminal Internacional da Diretoria Executiva do Departamento de Polícia Federal. Entre os pedidos de cooperação policial internacional que podem ser requeridos por autoridades da Justiça brasileira à Interpol estão a inclusão de mandados de prisão no sistema difusão vermelha (Red Notice) e o pedido de localização, informações ou identificação de pessoas com base na difusão azul (Blue Notice). Dos 7.162 mandados de prisão no sistema difusão vermelha, o nome de Anderson Barbosa não é um deles. A hipótese mais provável é de que seu nome tenha sido incluído na lista de difusão azul da Interpol, que não é divulgada.
A representação da Interpol no Brasil, Polícia Federal, informa que o caso está sendo acompanhado. Todavia não fornecerá detalhes sobre o seu andamento.
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O embaixador Hayashi acredita que as duas polícias estão trabalhando juntas para buscar o suspeito. “Foi um caso muito triste. A mãe e a filha foram assassinadas e realmente eu quero expressar condolências a sua família. Em geral a polícia japonesa e a brasileira possuem uma cooperação muito forte ao longo do tempo. Se necessário, as duas polícias podem trabalhar juntas sem problema. Não quero comentar mais, porque o caso está sob investigação. Eu espero que esse caso não afete a amizade entre o povo brasileiro e o povo japonês, que possuem uma amizade e uma conexão forte há muito tempo”, disse o embaixador.
O nome de Anderson Barbosa está na lista de procurados pela polícia de Osaka desde o dia 31 de agosto, depois que um mandado de prisão contra ele foi expedido pela Justiça japonesa, contudo esse pedido só possui validade dentro do Japão.
O escritório Venâncio & Associados, que faz a defesa de Barbosa, emitiu uma nota à imprensa que foi redigida na sexta-feira, e que só foi divulgada no site do escritório nesta segunda-feira (12). Nela, a defesa de Barbosa diz que, até sexta-feira, não havia qualquer documentação perante a Polícia Federal da cidade de Londrina que autorizasse a instituição a receber Barbosa e a tomar-lhe o depoimento, mesmo após várias oportunidades de contato com as autoridades competentes no Ministério da Justiça e, inclusive, junto ao Palácio do Itamaraty, mas que não houve notícia de solicitações por parte do Japão.
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