Mundo

Caos no Brasil freia setor aéreo da América Latina

09 ago 2007 às 16:30

Segundo o Conselho Internacional de Aeroportos (ACI, na sigla em inglês) os problemas na aviação brasileira foram responsáveis por um crescimento menor do que o esperado no setor em toda a América Latina.
De acordo com uma análise da entidade, feita com base em estatísticas preliminares, o crescimento no número de passageiros na América Latina nos seis primeiros meses de 2007 foi de 6,2%.

"O crescimento foi liderado por Peru, México, Equador e Argentina, compensando a tendência negativa no mercado doméstico do Brasil", disse a porta-voz da entidade, que tem sede em Genebra.


O ACI não divulgou os dados do primeiro semestre de 2007 por país.


Estatísticas divulgadas recentemente pelo órgão, que representa operadores de aeroportos, mostram que, apesar do caos aéreo e dos problemas com a Varig, o número de passageiros havia subido 3,4% no Brasil em 2006.


No entanto, o crescimento ficou bem abaixo do esperado e, já em 2006, acabou freando o desempenho do setor na América Latina.


Países como México e Colômbia tiveram um crescimento bem maior que o Brasil em 2006, com ganhos de 5% e 9,2%, respectivamente.


Ganhos e retração


Apesar dos fracos resultados de 2006 e das indicações de que o primeiro semestre de 2007 não será melhor, a porta-voz do ACI vê o mercado brasileiro com otimismo.


"O tráfego aéreo vai voltar a crescer fortemente no Brasil", prevê Nancy Gautier, porta-voz do ACI em Genebra, na Suíça.


"O país deve investir mais na infra-estrutura aeroportuária para poder administrar esse crescimento."


Gautier disse que o fato de militares serem responsáveis pelo controle de vôo no país é "insólito", mas não quis fazer comentários sobre uma possível privatização do setor.


Segundo o ACI os aeroportos em todo o mundo receberam o número recorde de 4,4 bilhões de passageiros em 2006, um crescimento de 4,8% em comparação com 2005.

O ACI é sediado em Genebra, na Suíça, e representa 573 empresas que operam um total de 1.643 aeroportos em 178 países.


Continue lendo