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Campanha alerta para diagnóstico das hepatites B e C

15 mai 2005 às 17:49

De três a oito milhões de brasileiros podem ter o vírus de hepatite B e C, sem saberem. O alerta é do coordenador da organização não-governamental Grupo C de Apoio aos Portadores da Hepatite C, Epaminondas Campos.

Ele explicou que nem sempre os sintomas dessas doenças aparecem, principalmente no caso da hepatite C. Por isso, acrescentou, quando diagnosticadas já podem estar graves e evoluir para cirrose e câncer de fígado.


Epaminondas reforçou a importância de as pessoas fazerem, gratuitamente, o teste por meio do exame de sangue, nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) de todo o país e em postos de saúde.


Com o objetivo de incentivar o diagnóstico dessas hepatites, o Ministério da Saúde promove até dia 24 campanha nacional que insiste na necessidade do teste para as pessoas que receberam transfusão de sangue antes de 1993. Até essa data, no caso da hepatite C, não havia no mundo tecnologia que garantisse o teste sorológico para diagnóstico.


A campanha também orienta a população sobre as formas de transmissão dessas doenças, pela sangue. A hepatite B é uma doença sexualmente transmissível. Os dois tipos são infecciosos e levam à inflamação do fígado, podendo causar a morte.


Diferentemente das hepatites A e B, a grande maioria dos casos de hepatite C não apresenta sintomas na fase aguda ou, se ocorrem, são muito leves e semelhantes aos de uma gripe. Por isso, destacou Epaminondas, é o tipo mais grave.


No caso da hepatite B, os infectados com o vírus podem apresentar cansaço, tontura, enjôo, febre, dor na região do fígado, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.


Não há vacina contra a hepatite C, apenas para as dos tipos A e B. A vacina contra a do tipo A está disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie).

No caso da hepatite B, a vacina deve ser tomada em três doses e é oferecida na rede básica de saúde para pessoas até 19 anos e também para aquelas com maior risco de contrair o vírus, como profissionais do sexo, profissionais de saúde, usuários de drogas e hemofílicos.


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