Mundo

Caixas-pretas do Boeing não registram pedido de ajuda

08 nov 2006 às 12:28

As 154 pessoas que morreram no pior acidente registrado na história da aviação brasileira - a colisão entre um Boeing da Gol e um jatinho Legacy no dia 29 de setembro - não devem ter sofrido porque perderam rapidamente a consciência.

Segundo a Folha de S. Paulo, a hipótese foi aventada após as primeiras análises das caixas-pretas do Boeing. O avião, que fazia a rota Manaus - Rio de Janeiro, caiu em uma região de mata densa na Serra do Cachimbo, norte do Mato Grosso. Os equipamentos revelam que não houve pânico nem tumulto depois da colisão com o jatinho Legacy. Isso, a princípio, indica que depois do choque o avião caiu verticalmente.


As caixas-pretas do Boeing e do Legacy foram analisadas no laboratório da TSB (Transportation Safety Board), agência ligada ao governo canadense especializada na investigação de acidentes aéreos, e já estão de volta ao Brasil.


Como o transponder do Legacy estava desligado ou falhou, o sistema de colisão das duas aeronaves não detectou choque iminente. Ambas as aeronaves viajavam na mesma altitude - 37 mil pés. Como não há registro de manobras bruscas que antecederam a colisão, é presumível que nenhum dos dois pilotos tenha percebido a aproximação do outro.

A asa esquerda do Legacy atingiu o final da asa esquerda do Boeing e se desprendeu. O avião entrou imediatamente em parafuso para a esquerda.


Continue lendo