O Corpo de Bombeiros teve a ajuda dos cães farejadores Dara, Dora e Anne na busca de vítimas do acidente com o Airbus da TAM. O porta voz da corporação, capitão Mauro Lopes, explicou que elas são treinadas para resgate de vítima com vida ou em caso de corpos em decomposição, mas não em situações como os corpos foram encontrados no local do acidente, carbonizados. "Nós não sabíamos se elas entenderiam, mas elas reconheceram e encontraram fragmentos", disse.
Os fragmentos foram enviados ao Instituto Médico Legal (IML) para o processo de identificação. Para o porta-voz, um cão em condições aptas para ajudar no resgate de corpos carbonizados precisaria de treinamento de no mínimo um ano. Com o cão Nick, da raça golden retriever de apenas oito meses, levado ao local do acidente no domingo (22), a corporação fez um "ensaio". O soldado Renato Pereira de Souza Saoud, que ajuda nas buscas, informou que a Dora, de três anos, e Anne, de oito, são treinadas para latir ao localizar um corpo. Já Dara, também de oito, costuma deitar-se sobre o local.
Os cães foram importantes também nos locais onde os bombeiros tiveram que rastejar, devido as dificuldades de acesso e pouco espaço. Segundo o capitão Valdir Pavão, especializado na técnica de Busca e Resgate em Estruturas Colapsadas (Brec), que é utilizada nas buscas no prédio os cães ajudaram nos trabalhos de difícil acesso e que os bombeiros precisam fazer escoramento.