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Bush prepara anúncio de medidas para estimular economia

18 jan 2008 às 08:50

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, deve fazer um pronunciamento hoje (18) sobre propostas para estimular a economia americana. O porta-voz da Casa Branca, Tony Fratto, disse que serão medidas "de curto prazo e temporárias". Segundo Fratto, o presidente falará em "princípios". Medidas específicas ainda terão que ser aprovadas pelo Congresso.

Acompanhado do secretário do Tesouro, Henry Paulson, Bush conversou com líderes democratas e republicanos no Congresso, e a expectativa é de que o presidente proponha deduções fiscais a indivíduos e a empresas.


Políticos dos dois grandes partidos americanos disseram acreditar que agora há um consenso para tentar dar maior ajuda em dinheiro para trabalhadores e companhias.


Segundo assessores no Congresso, o pacote em estudo pode incluir ajuda por um período mais longo a desempregados.


O desemprego no país está aumentando, e os preços mais altos dos alimentos e da energia estão fazendo com que os índices de inflação do país aumentem.


Emergência


O presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), Ben Bernanke, apoiou a introdução de medidas de emergência para estimular a economia e para evitar a recessão no país.


Em sua reunião com o comitê orçamentário do Congresso americano, Bernanke deu seu apoio a medidas como cortes de impostos, mas alertou para a necessidade de um plano de ação temporária.


"Para ser útil, qualquer pacote de estímulo fiscal deveria ser implementado rapidamente e estruturado de tal forma que seu efeito sobre gastos agregados fosse sentido possivelmente nos próximos 12 meses", disse.


Bernanke também indicou que o Fed poderia cortar a taxa de juros, "se for necessário".


O Fed já cortou a taxa de juros três vezes desde o meio do ano. O corte mais recente foi em dezembro e, atualmente, a taxa nos Estados Unidos está em 4,25% ao ano.


Recessão


Bernanke disse que não espera uma recessão no país, mas que o crescimento econômico dos Estados Unidos está desacelerando e que outros fatores geram preocupação.


Mas isso não tranquilizou os mercados, e o índice Dow Jones Industrial, que reúne as 30 ações mais importantes da Bolsa de Nova York, fechou em baixa de 2,46%, para 12.159,21.


Ações do banco de investimentos Merrill Lynch caíram 10,2%, para US$ 49,45, após a instituição anunciar perdas líquidas acumuladas de US$ 9,83 bilhões no último trimestre de 2007, impulsionadas pela crise das hipotecas de sub-prime (de alto risco).

As informações são da BBC Brasil.


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