Buenos Aires teve panelaços na noite desta quarta-feira (20) durante e após pronunciamento do presidente argentino Javier Milei, que anunciou o "megadecreto" para recuperação econômica do país. Os protestos foram registrados em vários bairros da capital argentina.
Além do panelaço, houve buzinaço. Após a fala do presidente, que durou 15 minutos, o movimento durou mais de meia hora.
O decreto estava previsto para ser anunciado nesta quinta-feira (21), às 12h. O governo decidiu adiar devido a protestos contra o líder argentino no centro de Buenos Aires.
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O pronunciamento foi feito por um vídeo gravado na Sala Branca da Casa Rosada. O líder argentino estava acompanhado de seus ministros.
MUDANÇAS FEITAS PELO GOVERNO
O "megadecreto" anunciado por Milei inclui a revogação de pelo menos 30 leis. Ao todo, o decreto tem 350 artigos que revogam leis e desregularizam a economia. "Argentinos, hoje é um dia histórico para o nosso país, depois de décadas de fracasso, empobrecimento e anomalias", disse o presidente argentino.
Entre as mudanças, Milei anunciou a revogação da Lei do Aluguel. O objetivo é descomplicar o mercado imobiliário. O pronunciamento foi feito por um vídeo gravado na Sala Branca da Casa Rosada. O líder argentino estava acompanhado pelos ministros.
O presidente ainda revogou as leis regulam o abastecimento de produtos alimentícios e preços de produtos no comércio. Também determinou o fim da lei que impede privatizações e a preparação de estatais para serem vendidas ao setor privado.
Ele declarou que acabará com os limites às exportações. O novo presidente também afirmou que autorizará medidas para afrouxar as regulamentações, à medida que seu novo governo combate uma grave crise econômica.
Javier Milei prometeu atacar as causas do déficit fiscal. Disse ainda que vai colocar a Argentina no caminho para voltar a ser uma "potência mundial". "Estamos fazendo o máximo para tentar diminuir a crise que herdamos. Elaboramos um plano de estabilização de choque; uma política cambial e monetária que inclua o saneamento do Banco Central", declarou.