A polícia nacional da Espanha prendeu em Madri dois brasileiros acusados de fingir ser membros do grupo separatista basco ETA (sigla em basco de Euskadi Ta Askatasuna, ou "Pátria Basca e Liberdade") para extorquir empresários. A quadrilha chegou a enviar 85 cartas às vitimas em menos de mês exigindo dinheiro em troca de segurança.
As cartas foram mandadas nos dias 2 e 8 de janeiro e pediam o chamado imposto revolucionário (quantia exigida pelo ETA em nome da luta armada separatista), que variava de 50 mil euros (cerca de R$ 131,3 mil) para as grandes empresas a até os 15 mil euros (R$ 39,4 mil) para as pequenas.
Na correspondência, os falsos bascos usavam o nome do ETA e indicavam que deveria haver uma resposta em 24 horas - caso contrário, o empresário estaria na "lista negra da organização". As ameaças incluíam matar o empresário chantageado e realizar ataques com tiros e bombas contra a família dele e a sua companhia.
A operação começou depois que quatro empresários denunciaram as extorsões. Os nomes dos brasileiros não foram revelados. Eles foram presos após simulação de um pagamento, que foi entregue por um empresário chileno, combinado com os detetives.
Na operação, foram apreendidos o celular usado nas negociações com as vítimas, uma lista com nomes, endereços e telefones de empresas espanholas e dezenas de cartas e selos.
As informações são da BBC Brasil.