Dados da Síntese de Indicadores Sociais 2004, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que, embora a taxa de fecundidade tenha caído "consideravelmente" nas últimas décadas, em 2003, o país tinha 47,2 milhões de crianças na faixa etária de até 14 anos, ou seja, 27,2% da população, de cerca de 180 milhões de pessoas.
Os adolescentes de 15 a 17 anos somavam 10,4 milhões (6% da população), enquanto os jovens de 18 a 24 anos totalizavam 23,4 milhões (13,4%).
Nas regiões Norte e Nordeste do país, no entanto, o percentual de jovens de até 14 anos era maior em 2003 do que no total do país. Nos estados do Maranhão e de Alagoas chegava a quase 34% do total da população. O IBGE considera os dois estados os mais "jovens" do Brasil.
Os dados indicam também que, em 2003, havia em 51% das famílias brasileiras pelo menos uma criança na faixa etária de zero a 14 anos, ou seja, pessoas em fase de crescimento biológico e psicossocial e, portanto, com necessidades nutricionais e educacionais mais delicadas. Ainda assim, 38% delas viviam com rendimento familiar per capita de até meio salário mínimo.
Enquanto em alguns estados nordestinos esse percentual chegava a 65%, no Sul e no Sudeste a proporção em alguns estados chega a cair para apenas 14,8% das famílias. A pesquisa constatou também que apenas 2,8% das famílias brasileiras têm rendimento per capita superior a cinco salários mínimos.