O Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, cobrou hoje (20) explicações das autoridades da Austrália sobre as circunstâncias que provocaram a morte do brasileiro Roberto Laudisio Curti, de 21 anos, anteontem (18). Em nota à imprensa, o Itamaraty informou que funcionários da Embaixada do Brasil na Austrália e do Consulado-Geral do Brasil em Sydney receberam instruções para obter os esclarecimentos.
"O governo brasileiro deplora a notícia da morte de cidadão brasileiro em circunstâncias ainda não esclarecidas durante operação policial em Sidney, na Austrália. O Consulado-Geral do Brasil em Sidney e a Embaixada do Brasil em Camberra foram instruídos a prestar toda a solidariedade e o apoio à família da vítima, bem como a solicitar os devidos esclarecimentos às autoridades australianas a respeito do ocorrido", diz o comunicado.
As autoridades brasileiras querem esclarecer em detalhes as circunstâncias que levaram o jovem à morte. As primeiras informações são de que no domingo (18) Curti foi perseguido na rua por policiais que desconfiaram que ele havia furtado biscoitos de uma loja de conveniência. Curti foi detido com armas elétricas e gás de pimenta.
O cônsul-geral do Brasil na Austrália, Américo Fontenelle, acompanha pessoalmente as investigações e a assistência prestada à família de Curti, segundo o Itamaraty. As duas irmãs de Curti estão na Austrália e acompanham todo o processo, de acordo com diplomatas.
"O Ministério das Relações Exteriores manifesta suas condolências à família do brasileiro morto e reafirma sua confiança de que as autoridades australianas conduzirão as investigações com o rigor necessário", conclui a nota divulgada pelo Itamaraty.