Mundo

Brasil quer aumentar pesquisa sobre alimentos funcionais

06 mai 2002 às 17:10

O mercado global movimenta anualmente cerca de US$ 70 bilhões em alimentos funcionais (como frutas e verduras) e nutracêuticos (cápsulas e vitaminas). Para o ano 2010, a previsão é que sejam movimentados US$ 500 bilhões.

Os Estados Unidos são os que mais investem na pesquisa deste tipo de alimento, que tem como meta a prevenção de doenças. Eles são responsáveis pela movimentação de 18% do total mundial. Os países da Europa movimentam 17,6% e o Japão, 16,8%. Os produtos mais comercializados são os esteróides vegetais, os probióticos e o óleo de peixe.


No Brasil, a pesquisa ainda está em fase inicial. Em São Paulo e Minas Gerais ocorrem as pesquisas mais aprofundadas sobre o tema. Dos 1,2 mil resumos de pesquisas de alimentos realizadas no ano passado, 4,7% tinham ligação com os funcionais ou nutracêuticos. A pesquisadora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Lys Mary Bileski Cândido, acredita que falte incentivo para que os trabalhos sejam aprofundados no Paraná.


Existem no Estado trabalhos isolados na UFPR, na Universidade Estadual de Maringá (UEM) e na Universidade Estadual de Londrina (UEL). ''Existem esforços isolados no Paraná. Queremos articular as pesquisas e direcioná-las para termos melhores resultados'', concordou Antoninho Caron, diretor-geral da Secretaria de Estado do Planejamento.


Em Londrina, pesquisadores estão avançando no conhecimento das propriedades da soja que possui isoflavonas (esteróides vegetais). O alimento compete com a formação dos tipos de câncer provocados pela atividade hormonal, como é o caso do câncer de mama. A cenoura, a laranja e o tomate possuem carotenóides, que têm propriedades preventivas contra o câncer.


Os financiamentos no Paraná para esse tipo de pesquisa poderiam ser conseguidos através da Fundação Araucária, que tem como meta ser uma agência de fomento. O workshop sobre o assunto começou neste domingo, no Hotel Rochelle, em Curitiba e termina nesta segunda-feira.


*Leia mais na edição desta terça-feira da Folha de Londrina

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