Segundo estudo divulgado nesta quinta-feira, em Madri (Espanha) pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, na sigla em inglês), a taxa de pirataria no País superou as vendas de cópias legais e atingiu 52% do total, mesmo com uma recuperação parcial do mercado nacional.
A IFPI destaca que a quantidade pirateada permite chegar a constatação de que um em cada três discos musicais vendidos no mundo é ilegal, o que corresponde a um valor de mercado de US$ 4,6 bilhões em 2004, ante US$ 4,5 bilhões no ano anterior.
Segundo o relatório, as vendas ilegais ultrapassaram as vendas legais em 31 países, sendo que o Paraguai liderou o ranking de pirataria inaceitável, com a taxa de 99% dos CDs pirateados.
Na seqüência, apareceram, entre os países onde a IFPI recomenda prioridade no combate à pirataria, a China (85% de CDs piratas), Indonésia (80%), Ucrânia (68%), Rússia (66%), México (60%), Paquistão (59%), Índia (56%), Brasil (52%) e Espanha (24%).
O relatório aponta que os esforços da indústria na luta contra a pirataria contribuíram para a apreensão de linhas de fábricas de CD com capacidade de fornecimento de 380 milhões de discos, ou seja, a metade do mercado musical total dos Estados Unidos. Também foram realizadas apreensões recordes de gravadores de CDs, que duplicaram em 2004, para 28.350 unidades.
De acordo com a federação internacional, as operações piratas estão se tornando mais numerosas, à medida que a pirataria de discos vem se voltando de maneira crescente para laboratórios de menor escala envolvidos na duplicação em alta velocidade de CD-Rs. Este tipo de pirataria, que predomina na América Latina, no sul da Europa e na Índia, aumentou 6% em 2004.