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BR receberá dinheiro para produzir vacina contra gripe

25 abr 2007 às 19:18

Seis países em desenvolvimento, incluindo o Brasil, receberão ajuda financeira para a fabricação de vacinas contra a gripe, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O dinheiro irá para Brasil, Indonésia, México, Índia, Tailândia e Vietnã, com o objetivo de preparar esses países para uma eventual pandemia de gripe.

Cada um dos governos receberá cerca de US$ 2,5 milhões (R$ 5,1 milhões) para adquirir a tecnologia necessária para a fabricação das vacinas. Esse dinheiro será doado pelo Japão (que está contribuindo com o equivalente a R$ 16 milhões) e pelos Estados Unidos (R$ 20 milhões).


Segundo a diretora-geral da Iniciativa de Pesquisa de Vacinas da OMS, Marie-Paule Kieny, as doações têm dois objetivos.


"Os países poderão proteger suas populações contra a gripe sazonal, que causa quase meio milhão de mortes por ano no mundo, além de milhões de casos de doença extrema", disse. "Adicionalmente, no caso de uma pandemia, as linhas de produção dessas fábricas poderiam ser convertidas para produzir vacinas específicas para a variante da pandemia".


Pandemia - Segundo a OMS, ainda levará entre três e cinco anos para que os países beneficiados comecem a produzir a vacina. A OMS reuniu especialistas nesta quarta-feira (25), em Genebra, para discutir as opções que permitirão aumentar o acesso dos países em desenvolvimento às vacinas contra o H5N1 (vírus da gripe aviária) e outras pandemias potenciais.


"A atual capacidade de produção global de vacina contra a gripe está muito além do necessário para proteger a população mundial de seis bilhões de pessoas no caso de uma pandemia da doença", disse o Secretário de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, Mike Leavitt.


Desde 2003, o vírus H5N1 da gripe aviária provocou a morte de pelo menos 172 pessoas, principalmente no sudeste asiático, segundo a OMS.

Os cientistas temem que o vírus, descoberto pela primeira vez em Hong Kong em 1997, possa sofrer uma mutação e transformar-se em uma variante mais infecciosa com potencial de matar milhões de pessoas.


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