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Milhares de pessoas se concentraram do lado de fora do mausoléu da família da ex-primeira-ministra paquistanesa Benazir Bhutto na província de Sindh, no sul do Paquistão, para acompanhar o enterro da líder oposicionista, nesta sexta-feira.
O caixão levando o corpo de Bhutto, assassinada durante um comício em Rawalpindi na quinta-feira, estava cercado de partidários, do marido, Asif Zardari, e de seus três filhos.
O corpo está sendo sepultado em Larkana, ao lado do corpo de seu pai, Zulfiqar Ali Bhutto, também um ex-primeiro-ministro do país, que morreu enforcado durante o regime militar no país em 1979.
Pelo menos 19 pessoas morreram em protestos violentos no Paquistão, que se seguiram à divulgação da notícia do assassinato de Benazir Bhutto.
A maioria das mortes ocorreu na província de Sindh, onde centenas de carros, ônibus e caminhões foram incendiados.
Benazir Bhutto foi morta após comício em Rawalpindi
A polícia em Hyderebad abriu fogo contra manifestantes.
Bloqueando ruas, os manifestantes gritavam palavras de ordem contra o governo do presidente Pervez Musharraf.
Em Karachi e Multan, bancos e outros edifícios foram saqueados e na capital, Islamabad, foi ateado fogo a pneus.
Segundo a polícia, no noroeste do Paquistão, no distrito de Swat, uma bomba explodiu em uma estrada e matou o líder local do partido do governo e três de seus assessores.
O incidente ocorreu a cerca de 200 quilômetros a nordeste de Peshawar, onde tropas paquistanesas combatem militantes pró-Talebã há vários meses.
Em resposta à violência, foram enviados mais soldados para várias cidades no sul do Paquistão e há notícia de que as forças de segurança foram instruídas a abrir fogo contra manifestantes em Karachi.
BBC Brasil