A vida da pequena Marcela de Jesus Galante Ferreira, 27 dias recém-completados, está sendo considerada um milagre por católicos de Patrocínio Paulista, interior de São Paulo. O bebê nasceu anencéfalo (sem parte do cérebro) e, segundo prognósticos médicos, morreria dentro do útero materno ou, na melhor das hipóteses, não sobreviveria mais do que algumas horas depois de nascer.
Porém, o coração da menina continua batendo e ela responde a estímulos - mama no peito da mãe e agarra o dedo de alguém que coloque a mão perto dela, como um bebê sem anomalia. Contudo, Marcela (nome dado em homenagem ao padre Marcelo Rossi), não possui o córtex cerebral, responsável pelo pensamento e as emoções.
Segundo a Folha de S. Paulo, a mãe Cacilda Galante Ferreira conta que recebeu a informação sobre a possibilidade e a autorização para "antecipar o parto". Católica, a mãe recusou a sugestão.
A pediatra já cogita dar alta para o bebê ir para casa. Católicos da cidade falam abertamente em "milagre" para se referir à sobrevivência de Marcela de Jesus, agora transformada em símbolo da luta antiaborto.