A direção do Banco do Brasil convidou a Comissão de Funcionários da Empresa, ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), para nova rodada de negociações logo na tarde desta quarta-feira. O BB deve fazer nova proposta de acordo salarial, de acordo com expectativa do presidente do Sindicato dos Bancários do Distrito Federal, José Wilson da Silva.
Ele disse que o sucesso da greve "por tempo indeterminado", hoje em seu segundo dia, cresce a cada momento com a adesão de mais funcionários do BB em todo o país, e isso leva o banco a reavaliar melhor as reivindicações dos companheiros, que querem 21,5% de reajuste.
Com base na proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenab) para os bancários da iniciativa privada, a direção do BB ofereceu 12,6% para quem ganha o piso salarial de R$ 798,00; acima disso, entre 6% e 12%, mais abono de R$ 1,5 mil.
A proposta desagradou aos funcionários, embora o banco alegue que a oferta implica em gastos adicionais de R$ 538 milhões por ano na folha de salários. O argumento não convence, porém, os funcionários do BB, que lembram perdas constantes, nos últimos anos, com correções de salários abaixo da inflação e acentuada perda do poder aquisitivo.
A reclamação é idêntica a dos funcionários da Caixa Econômica Federal, que têm data-base também em 1º de setembro e também aderiram ao movimento grevista nacional.