Atualizada às 21h32
Os bancários planejam fazer uma greve nacional de 24 horas nesta terça-feira (26) para reivindicar reajuste salarial. As agências voltam a abrir na quarta, mas os bancários prometem parar por tempo indeterminado se não houver acordo. A orientação de greve é da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), que atua em 23 Estados e no Distrito Federal.
A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) orientou que, se a greve paralisar todo o sistema nesta terça-feira, os clientes utilizem meios alternativos como a internet, telefone e correspondentes bancários para o pagamento de contas e outros serviços.
Em assembléias realizadas hoje, quatro Estados já decidiram pela greve (Piauí, Maranhão, Rondônia e Bahia). Os outros 19 e o Distrito Federal farão assembléias a partir das 18h ou 19h para decidir sobre a paralisação. A expectativa da Contraf é de adesão de todos.
Com a greve, os bancários querem pressionar os bancos a conceder reajuste salarial. Segundo o sindicatos, após mais de 40 dias de negociação, não há proposta que preveja reajuste aos 400 mil bancários do país.
Os bancários reivindicam aumento real de 7,05%, além da reposição da inflação e participação maior nos lucros e resultados --de 5% do lucro líquido linear, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500. No ano passado, quando houve greve de seis dias, os bancários receberam reajuste de 6% (1% de aumento real), mais R$ 1.700 de abono e PLR (participação nos lucros e resultados) mínima de 80% do salário mais R$ 800.
A Fenaban informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que os bancos estão "demonstrando disposição de negociar e construir um acordo factível na mesa de negociações".
Londrina - Em Londrina uma assembléia realizada nesta segunda-feira (25) à noite aprovou a paralisação. Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Londrina e região, Geraldo Fausto dos Santos, a intenção era de que a adesão fosse total. Conforme Santos, os funcionários estão revoltados com a decisão dos banqueiros, que não querem negociar com a categoria. A concentração dos funcionários que aderirem à manifestação será em frente à agência do Banco do Brasil, no Calçadão, a partir das 8 horas. (Com informações do Uol/Folha Online)