O início da manhã desta quinta-feira (21) foi mais um dia de atrasos nos vôos dos principais aeroportos do país. Conforme informações preliminares da Infraero, grande parte dos vôos programados para pousar e decolar no aeroporto de Congonhas (SP) sofreram atrasos; em dois pelos menos foram mais de três horas.
De acordo com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o problema é reflexo do período em que o terminal permaneceu fechado --cerca de 50 minutos-- na noite de quarta-feira (20), devido ao mau tempo. Por causa dos ventos, o sentido das pistas chegaram a ser invertidos três vezes. Em pleno horário de pico, os atrasos eram de duas horas em média.
Como em outras vezes em que ocorreram atrasos nos vôos, os passageiros se revoltaram com a demora e as longas filas. Houve muito bate-boca com funcionários das companhias aéreas.
Uma atendente da TAM chegou a chamar a polícia porque havia sido agredida.
Comissão da Câmara culpa Waldir Pires e Luiz Carlos Bueno pelo caos aéreo
O relatório da comissão da Câmara que acompanha a crise do setor aéreo indica o ministro da Defesa, Waldir Pires, e o comandante da Aeronáutica, Luiz Carlos Bueno, como culpados por má gestão do sistema. O relator, deputado Carlos William (PTC-MG), sugeriu que os dois sejam demitidos.
"Faltou tudo: melhor planejamento, capacidade de gerenciamento, equipamento e pessoal. A única coisa que não faltou foi dinheiro. Portanto, indico como responsável principal o comando da Aeronáutica", disse o relator, em entrevista antes do início da audiência que se realiza neste momento.
"A questão não é política, é gerencial. A responsabilidade não é do presidente da República, mas o presidente pode começar a resolver o problema do caos aéreo dando de presente de Natal à população a demissão imediata do comandante da Aeronáutica e do ministro da Defesa", afirmou o relator.
Alguns deputados presentes à reunião reclamaram que Carlos William não deveria ter pedido a cabeça do ministro e do comandante, mas ele ponderou que não incluiu tal recomendação no relatório.
Nesse momento, os deputados da comissão estão discutindo se votam o relatório ainda hoje. Se não o fizerem, ficará para o ano que vem.
Com informações da Folha Online e Agência Brasil