Mais transparência tributária em escala global e alívio da dívida dos países pobres foram as principais reivindicações feitas por ativistas aos ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G20 (grupo das 20 maiores economias do planeta) hoje (17) na cidade alemã de Baden-Baden. As informações são da Agência DPA.
Em um momento em que os postulados protecionistas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, causam incertezas e dominam o debate no encontro multilateral, cerca de uma centena de manifestantes se reuniram nesta cidade do sul da Alemanha, famosa pelo antigo cassino e pelas águas termais, para chamar a atenção sobre temas que geralmente passam desapercebidos na agenda global.
A Erlassjahr.de, maior aliança alemã de ativistas a favor do desenvolvimento e da cooperação mundial, que participou dos protestos, alerta que os níveis da dívida em alguns países em desenvolvimento são insustentáveis e pede ao G20 que "reconheça a ameaça de novas crises da dívida soberana em países pobres" e apoie a criação de um sistema que possa resolver rapidamente um endividamento perigoso. "A dívida vai asfixiar estes países", disse Mara Liebel, membro da Erlassjahr.de.
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Cassino e evasão fiscal
"Os ministros de Finanças do G20 se reúnem em um cassino em Baden-Baden para falar sobre dinheiro. Será que para os ministros de Finanças do G20 isto não parece ser uma contradição? Para nós, a evasão fiscal não é um jogo", escreveu a organização humanitária Oxfam em sua conta do Twitter.
Já a Attac, associação internacional que diz promover o controle democrático dos mercados financeiros, apelou aos ministros do G20 para pôr um fim à evasão fiscal das multinacionais. A Attac destacou que as práticas das multinacionais prejudicam a economia de países em desenvolvimento.