A polícia da Noruega divulgou neste sábado que o homem acusado de matar 92 pessoas na véspera se entregou logo após o massacre, sem oferecer qualquer tipo de resistência.
O norueguês Anders Behring Breivik, de 32 anos, está sendo questionado tanto pela explosão de uma bomba na capital, Oslo, que matou sete pessoas e pelo tiroteio na ilha de Utoeya, no qual pelo menos 85 pessoas morreram.
No entanto, a polícia ainda não descartou a possibilidade de que ele teria agido em parceria com outro atirador.
O chefe de polícia Sveinung Sponheim disse que mensagens suas publicadas na internet sugerem que o atirador "tem opiniões políticas voltadas para a direita, anti-islâmicas".
Velório
Em Oslo, o clima era de velório: bandeiras estavam hasteadas a meio mastro e muitas pessoas se reuniram ao redor de igrejas, para prestar homenagem às vítimas acendendo velas e colocando flores.
Vestido de policial, Breivik teria chegado à ilha perto de Oslo e disparado contra jovens que participavam de um acampamento do Partido Trabalhista (do governo) no local. Havia cerca de 600 jovens no encontro.
Breivik também é suspeito de relação com o atentado a bomba ocorrido em Oslo um pouco antes.
Este foi considerado o pior ataque ocorrido na Noruega desde a Segunda Guerra Mundial.
A jovem Emma Christiansen, 16 anos, que participava do acampamento, disse à BBC ter visto o homem vestido de policial sendo abordado por um jovem e atirando contra ele. "Então, corri para dentro de casa. Foi assustador."
As autoridades não confirmaram se estão procurando por mais suspeitos, mas disseram que não tiveram conhecimento de nenhuma ameaça prévia relacionada aos atentados.
"Foi uma grande surpresa, não tínhamos nenhum indicativo de que isso ocorreria", disse o chanceler Store à BBC.
O ministro da Justiça disse que a polícia está usando "todos os recursos disponíveis" para lidar com a crise e investigar os responsáveis.
Ele pediu que a população fique longe do centro de Oslo por enquanto e que evite o uso de celulares, para não sobrecarregar a rede de telefonia do país.