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Atirador fez disparos por 1h30 em ilha da Noruega

23 jul 2011 às 16:22

O homem que abriu fogo contra um grupo de jovens acampados numa ilha ao norte de Oslo, capital da Noruega, ontem, realizou disparos por 1 hora e meia antes de se render a um grupo especial da polícia, que chegou 40 minutos depois de ter sido chamado.

Sobreviventes disseram que se esconderam e fugiram nadando da ilha para escapar do atirador, mas as declarações da polícia hoje representam o primeiro detalhamento sobre quanto tempo durou o ataque e quanto tempo demorou até a chegada da ajuda policial.


Quando a polícia chegou, o atirador, que tinha duas armas, se rendeu, disse o chefe de polícia Sveinung Sponheim. "Houve problemas com o transporte para a ilha de Utoya", onde um grupo da juventude do Partido Trabalhista estava acampado, disse Sponheim. "Foi difícil conseguir os barcos, mas o problema foi resolvido quando o grupo especial da polícia chegou".


Pelo menos 85 pessoas foram mortas na ilha, mas a polícia disse que quatro ou cinco pessoas ainda estão desaparecidas. Mergulhadores fazem buscas nas águas ao redor da ilha.


O ataque ocorreu após uma explosão no centro de Oslo, onde sete pessoas morreram. A polícia ainda realiza buscas no prédio do governo, que foi seriamente afetado, e segundo Sponheim ainda há partes de corpos no local.


A polícia não divulgou o nome do suspeito do ataque à ilha, nas a emissora norueguesa NRK o identificou como Anders Behring Breivik, de 32 anos. As autoridades ainda não identificaram a razão do ataque, mas disseram que ele visitou sites de fundamentalistas cristãos e pertenceu à juventude de um partido de direita.


A polícia afirmou que o atirador está falando e que admitiu ter feito os disparos na ilha. Segundo os policiais, ele contratou um advogado, mas seu defensor não quer que seu nome seja divulgado. A família real norueguesa e o primeiro-ministro fizeram visitas aos parentes das vítimas das dezenas de jovens assassinados.

O primeiro-ministro Jens Stoltenberg disse que os dois ataques de ontem foram os mais sangrentos dos tempos de paz no país. "Isto é além da compreensão. É um pesadelo. Um pesadelo para os que foram mortos, para suas mães e pais, familiares e amigos". As informações são da Associated Press.


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