O suposto autor dos ataques que deixaram duas pessoas mortas sábado (14), em Copenhague, era conhecido pela polícia dinamarquesa, afirmou o chefe do serviço de segurança da Dinamarca, Jens Madesen. O homem foi morto por volta de 5h de hoje (15), após disparar contra a polícia no distrito de Norrebro, região noroeste de Copenhague.
Madesen afirmou que o autor dos atentados, que vivia em Copenhague, "deve ter se inspirado pela propaganda militante islâmica feita pelo Estado Islâmico e outras organizações terroristas". Não há informações, entretanto, se o homem, cujo nome não foi revelado, tinha feito viagens para a Síria ou Iraque.
O primeiro atentado aconteceu no sábado, por volta de 15h30 (12h30 no Brasil). O homem armado invadiu um café na região de Osterbro, onde estava acontecendo um evento intitulado Arte, Blasfêmia e Liberdade de Expressão. No debate estava presente o artista e cartunista Lars Vilks, ameaçado de morte várias vezes pela autoria de uma caricatura, publicada em 2007, que mostrava o profeta Maomé como um cachorro. Cerca de 40 tiros foram disparados. O diretor de cinema Finn Norgaard, de 55 anos, morreu, e três policiais ficaram feridos. Vilks saiu ileso.
Por volta de 1h de domingo (22h de sábado, no Brasil), tiros foram disparados na principal sinagoga de Copenhague, em Krystalgade, que fica a cerca de três quilômetros do café onde horas antes aconteceu o primeiro atentado. Um dos guardas da sinagoga, Dan Uzan, de 37 anos, foi morto com um tiro na cabeça. Dois policiais ficaram feridos, mas não correm risco de morte.
A primeira-ministra da Dinamarca, Helle Thorning-Schmidt, condenou o que ele chamou de "um ato cínico de terror" e disse que "está feliz e aliviada que a polícia desarmou o homem suspeito de ser o autor dos atentados". Ela afirmou que a "Dinamarca viveu horas de terror que não serão esquecidas".