Mundo

Atentado suicida mata 18 e fere 30 em Haifa

04 out 2003 às 17:36

Um atentado suicida cometido neste sábado dentro de um restaurante de Haifa (norte de Israel) deixou 18 pessoas mortas e cerca de 30 feridas.
Segundo a polícia de Israel, o ataque aconteceu no restaurante Maxim, que estava cheio no momento da explosão. O restaurante fica em Ha'Haganah Boulevard, no sul da entrada da cidade, ocupada arábes-israelenses.

O comandante da polícia, Yaakov Borovsky, confirmou que houve disparos de tiro antes da explosão, aparentemente do suicida contra o guarda que fazia a segurança do restaurante.


De acordo com o jornal israelense ''Harretz', as forças de segurança do país estão em estado de alerta máximo em razão do feriado do Yom Kippur, mas os oficiais de Haifa não tinham recebido nenhuma ameaça de ataque terrorista.


Na sexta-feira, o grupo militante islâmico Hamas disse que a barreira que está sendo construída na Cisjordânia não evitaria ataques. O comunicado do Hamas aumentou a campanha palestina contra a barreira, que Israel decidiu na quarta-feira estender ao longo do território palestino.


Uma fonte do gabinete do primeiro-ministro israelense Ariel Sharon acusou a Autoridade Palestina de ser a responsável pelo atentado suicida, porque a mesma ''não desmantelou as organizações terroristas''.


Dia do Perdão
Israel começou a isolar-se do resto do mundo para celebrar, a partir deste domingo à noite, o Yom Kippur, Dia do Perdão, enquanto os Estados Unidos continuam criticando a construção de um muro de segurança na Cisjordânia e o prosseguimento da colonização.


Para o Dia do Perdão, Israel impôs na sexta-feira o bloqueio total dos territórios palestinos da Cisjordânia e Gaza. A partir da tarde de domingo, os postos de fronteira, portos e aeroportos também fecharão, só voltando a abrir segunda-feira à noite.

O feriado coincide com o 30º aniversário da guerra árabe-israelense, que custou a vida de 2.700 israelenses e ainda é considerada algo traumático pelos moradores do Estado Hebreu. O conflito terminou com o mito da invencibilidade do exército israelense, apesar da vitória do mesmo.


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