Ataques noturnos contra duas cidades iraquianas mataram pelo menos 16 pessoas, informaram funcionários do governo nesta segunda-feira, enquanto autoridades lutam para conter a ofensiva de militantes sunitas que tomaram grandes áreas do norte e oeste do Iraque.
Em uma das ações, morteiros caíram sobre bairros xiitas da cidade de Mahmoudiya na noite de domingo, matando 11 civis e ferindo 31, informou um policial. A cidade, que abriga xiitas e sunitas, fica a cerca de 30 quilômetros ao sul de Bagdá.
Em Abu Ghraib, a oeste da capital, uma bomba colocada à margem de uma via explodiu quando um patrulha do Exército passava, matando dois soldados e três voluntários que se alistaram após a ofensiva sunita das últimas semanas. Oito pessoas ficaram feridas no ataque, afirmou o policial, que falou em condição de anonimato.
No início de janeiro, um grupo que já foi ligado à Al-Qaeda, conhecido como Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), tomou o controle de Faluja, a oeste de Bagdá, assim como partes da cidade de Ramadi, a capital da província de Anbar.
Em junho o grupo, que alterou o próprio nome para Estado Islâmico, lançou uma ofensiva que resultou no controle de grande parte do norte e do oeste do Iraque. As forças de segurança lutam há cinco semanas para retomar as partes do território dominadas pelos militantes.
A missão da Organização das Nações Unidas (ONU) no Iraque disse na sexta-feira que pelo menos 5.576 civis foram mortos e 11.665 ficaram feridos nos seis primeiros meses do ano. Outras 1,2 milhão de pessoas deixaram suas casas por causa da violência.
As mortes de civis neste ano indicam uma forte alta na comparação com o ano passado, quando mais de 7.800 civis foram mortos, segundo a ONU.