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Ataque suicida em Cabul mata membros de FMI e ONU

18 jan 2014 às 12:42

Um atentado suicida do Taleban contra um restaurante libanês na região central de Cabul, no Afeganistão, na noite de sexta-feira matou 21 pessoas. De acordo com a agência de notícias Dow Jones, pelo menos 13 das vítimas são estrangeiros.

Entre os mortos estão o representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) no país, Wabel Abdallah, dois funcionários da Universidade Americana do Afeganistão e possivelmente membros da Organização das Nações Unidas (ONU). Mais cedo, a Embaixada dos EUA em Cabul confirmou em sua página no Twitter que pelo menos dois cidadãos norte-americanos estavam entre as vítimas.


O restaurante atacado pelo grupo extremista está localizado no distrito de Wazir Akbar Khan da capital afegã, onde ficam muitas embaixadas, organizações de ajuda e algumas hospedagens. Um homem-bomba entrou no local e se explodiu por volta das 19h30 (do horário local). Em seguida, outros dois insurgentes abriram fogo contra os clientes do restaurante.


O governo do Afeganistão informou neste sábado ter afastado o chefe de polícia e o encarregado da inteligência no distrito de Wazir Akbar Khan para investigá-los. Depois do atentado, muitas organizações internacionais em Cabul restringiram a circulação de seus funcionários.


A mudança do Taleban para alvos civis estrangeiros deve levar muitos a deixar a capital afegã, num momento em que as forças de segurança internacionais e dos Estados Unidos se preparam para retirar as tropas do país até dezembro.


Em comunicado, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, lamentou a morte de Wabel Abdallah. "Nossos corações estão com a família e os amigos de Wabel, bem como das outras vítimas desse ataque", disse em nota divulgada no site do fundo.


O representante especial do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e chefe da missão de ajuda no Afeganistão, Ján Kubi?, condenou a violência contra civis e o contínuo uso de homens-bomba. "Essa violência é inaceitável e precisa acabar imediatamente", afirmou em comunicado também veiculado no site da organização.

Segundo Michael Smith, presidente da Universidade Americana do Afeganistão, os familiares dos funcionários mortos no ataque estão sendo informadas e as devidas medidas estão sendo tomadas. Ele não identificou as vítimas, mas disse que uma delas havia recentemente se juntado à faculdade de Ciência Política e outra era membro da equipe de assuntos estudantis. A universidade, que tem mais de 1 mil alunos, foi estabelecida em 2006 e tem vários cidadãos norte-americanos no quadro de empregados.


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