A Arquidiocese de Nova York suspendeu nesta sexta-feira (18) de suas atividades religiosas quatro sacerdotes acusados de cometer abuso sexual contra menores há décadas. De acordo com o site "Catholic News Service", os padres envolvidos no caso são: Edward Barry, de Hawthorne; William Luciano, de New Rochelle; e James White, de Mamaroneck. O quarto acusado é o monsenhor Edward Weber, diretor do gabinete arquidiocesano dos religiosos. Todos foram colocados em licença administrativa e ficarão temporariamente restritos. "Como é nossa prática, relatamos isso ao Ministério Público", explicou o arcebispo de Nova York, cardeal Timothy Dolan, em cartas enviadas às três paróquias, no último dia 3 de outubro.
Ainda segundo a publicação, investigadores examinaram e avaliaram as alegações e somente depois apresentaram ao Conselho. "Na conclusão de suas deliberações, a diretoria determinará se a alegação foi fundamentada, o que decidirá se [os religiosos] são adequados para retornar ao ministério", diz o texto. Dolan ainda informou que "essa licença não é uma punição", e até o momento "nenhum julgamento foi feito sobre a acusação", justamente por isso todos continuam sendo tratados como inocentes. Por fim, o arcebispo americano concluiu pedindo orações pela suposta vítima, pelos padres e "todos aqueles cujas vidas foram marcadas por abuso sexual onde quer que tenha ocorrido". Desde 2016, a arquidiocese de Nova York criou o chamado Programa Independente de Reconciliação e Compensação, através do qual a Igreja recebe de maneira interna as denúncias e oferece compensações às vítimas. No mês passado, foram pagos US$67 milhões a 338 vítimas de abusos sexuais em casos nos quais houve clérigos ou outros religiosos envolvidos. A Igreja Católica tem enfrentado diversos escândalos de pedofilia nos últimos anos, os quais abalaram sua imagem nos Estados Unidos e outros países, como Chile, Austrália e Irlanda.
No início do ano, o papa Francisco, inclusive, definiu novas regras para combater crimes sexuais por parte do clero, como a obrigação de denunciar casos de abuso às autoridades eclesiásticas.