A chanceler argentina Susana Malcorra desmentiu hoje (3) uma suposta "compra" de armas dos Estados Unidos denunciada por deputados da oposição, embora tenha reconhecido o "interesse" das Forças Armadas do país em "sobras" militares norte-americanas para levar a cabo "um reforço de seu equipamento". Susana disse que há pelo menos dois itens da lista difundida pelos meios de comunicação "cujo pedido vem do ano de 2015".
Ela confirmou, contudo, que as Forças Armadas estão avaliando um reforço de seu equipamento, e que está vendo opções – uma delas é conseguir material de boa qualidade a um preço com grande desconto. "Este é o primeiro passo de um grande processo e está longe de ser uma compra", destacou a chanceler.
Interessante
"Não é uma compra. E é comum que os Estados Unidos (EUA) vendam sobra de material militar que, para a maioria dos países, seria material sumamente interessante", disse Susana em declarações à rádio La Red. A chanceler lembrou que, para levar adiante uma aquisição de armamento, é preciso "fazer um pedido ao Congresso dos Estados Unidos sobre o potencial interesse em sobra de material para ser avaliado".
Na semana anterior, o Ministério da Defesa argentino negou "categoricamente" que o governo tenha a intenção de adquirir dos Estados Unidos armamento militar por US$ 2 bilhões e desmentiu a informação veiculada pela imprensa, baseada em uma suposta carta do embaixador argentino nos Estados Unidos, Martín Lousteau, segundo a qual estão sendo consultados preços de uma lista de armamentos.