A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomendou ao governo federal derrubar a portaria que restringe a entrada no Brasil de pessoas de seis países: África do Sul, Botsuana, Suazilândia (Essuatíni), Lesoto, Namíbia e Zimbábue.
O governo Jair Bolsonaro decidiu em 26 de novembro proibir a entrada no Brasil de quem esteve, nos últimos 14 dias, em seis países africanos. Naquele momento, a decisão foi tomado após recomendação da Anvisa para evitar que a variante ômicron da Covid-19 se espalhasse no Brasil.
A nova recomendação da agência reguladora levou em conta diversos fatores, como a situação epidemiológica no país, o avanço contínuo da vacinação contra a Covid-19, as novas regras para a entrada no Brasil e a taxa de propagação da ômicron no mundo.
A Anvisa esclareceu que a ômicron já está em 110 países do mundo, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde). Portanto, a transmissão da ômicron rompeu a barreira desses países africanos, o que justifica essa revisão.
No entanto, devem ser mantidas aos países as mesmas medidas que para outros viajantes de procedência internacional, ou seja, exigência de testes pré-embarque, preenchimento da DSV (Declaração de Saúde do Viajante), comprovante de vacinação contra a Covid-19 e quarentena após desembarque no Brasil.
A ômicron foi sequenciada inicialmente na África do Sul em novembro do ano passado. Dados preliminares indicam que ela é mais transmissível que outras variantes, como a delta, embora não desenvolva quadros graves em muitos dos infectados.
No Brasil, o primeiro caso foi anunciado em 30 de novembro. A variante ômicron já representa 92,6% dos testes positivos para detecção de Covid no Brasil, indica levantamento feito por laboratórios do país divulgado nesta quinta-feira.
A primeira morte causada pela variante ômicron do coronavírus no Brasil foi confirmada nesta quinta-feira (6) pela Secretaria de Saúde da cidade de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana de Goiás.
O paciente, de 68 anos, era hipertenso e tinha doença pulmonar obstrutiva crônica. De acordo com a pasta, ele havia recebido três doses de vacina contra a Covid-19: duas no esquema primário e uma de reforço.