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Adesão à greve nos Correios é maciça, diz sindicato

14 set 2007 às 10:48

O Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Sintect) informou que é grande a mobilização dos servidores da área operacional em torno da greve, iniciada nesta quinta-feira.

Segundo a diretora do Sintect, Francisca Pereira da Silva, só não aderiram ao movimento os servidores da empresa em Sergipe, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Minas Gerais e, em São Paulo, apenas na cidade de Bauru não houve paralisação.


A adesão à greve "é maciça, principalmente na Bahia e no Paraná", disse Francisca. Os servidores dos Correios estão congregados em 33 sindicatos e, desses, 27 estão apoiando o movimento. De acordo com o sindicato, nas capitais, a adesão varia entre 70% e 80% dos carteiros, motoristas e operadores de cargas.


Francisca contestou informação da empresa de que as 12 mil agências existentes no país estariam funcionando normalmente. "Os 52 mil carteiros da ECT é que fazem a empresa funcionar e, se eles e outros servidores ligados à sua atividade estão parados, não há trabalho das agências", afirmou Francisca. Ela disse que, enquanto um carteiro ganha R$ 524, há gente na ECT ganhando R$ 10 mil, R$ 14 mil e até R$ 24 mil, na diretoria. "A única arma dos servidores é a greve, direito legítimo, capaz de chamar atenção para o disparate dos níveis salariais".


A diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Comunicações Postais (Sintcom) do Paraná, Márcia Portez, que participa do comando nacional de greve e está em Brasília, informou que, em seu estado, existe uma agenda também para o interior, que inclui a realização de passeatas. "O público pode não perceber, à primeira vista, que os Correios estão em greve, porque muitas agências são terceirizadas e não são operadas pelos Correios, mas o trabalho final é do carteiro e, por isso, a greve consegue dar o seu recado", disse ela.


A direção da ECT não recebeu, na quinta-feira, em Brasília o comando de greve dos servidores, que tentaram também falar com o ministro das Comunicações, Hélio Costa. As atividades reinvidicatórias dos grevistas têm sequência nesta sexta-feira.

ABr


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