O acidente com avião da Gol completa um ano nesta sábado (29). O primeiro ano do acidente que causou a morte das 154 pessoas que estavam a bordo do vôo 1907 da Gol será lembrado neste sábado (29) em todo país, por meio das mais diversas celebrações religiosas, incluindo um culto ecumênico no Jardim Botânico de Brasília.
Em nota de sua assessoria de imprensa, a Gol informou que ofereceu passagens e hospedagem aos familiares das vítimas que moram em outras cidades para que eles possam participar da celebração na capital federal. O convite foi feito por meio de carta.
A companhia aérea Gol divulgou na sexta-feira (28) que já foram firmados acordos de indenização com 32 famílias de vítimas do acidente ocorrido com o vôo 1907, há um ano. De acordo com a empresa, 82 pessoas foram beneficiadas com os acordos.
A Gol afirma que os valores das indenizações não serão divulgados, mas garante que eles proporcionam aos beneficiados "renda igual à que era auferida antes da tragédia". Segundo a assessoria da empresa, o sigilo dos valores foi acordado com os familiares das vítimas, a fim de preservar sua segurança e privacidade.
Além das indenizações, a Gol afirma que também disponibilizou assistência médica e psicológica por um ano. Esta última vai ser prorrogada pelo mesmo período. "O plano (médico) inicialmente válido por 12 meses, registrou pouca utilização no período. Apenas a assistência psicológica será mantida por mais um ano", disse a empresa à imprensa em carta.
Sobre os destroços do avião, a empresa afirma que estuda a viabilidade de enterrar o que ainda permanece espalhado pela área do acidente, na floresta amazônica. De acordo com a Aeronáutica, também é da empresa a responsabilidade pela retirada das 3 toneladas de carga que não foram retiradas do local.
Na época, a Aeronáutica retirou 1,6 das 4,6 toneladas de bagagem e carga que estavam no avião. A instituição diz que catalogou e entregou todo o material para que a Gol devolvesse aos parentes das vítimas.
Outras homenagens - Em Manaus, de acordo com o presidente da Associação da Região Norte de Parentes e Amigos das Vítimas de Acidentes Aéreos (Arenpavaa), Camilo Barros, a data servirá para cobrar do poder público a assinatura do laudo técnico do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Segundo ele, parentes e amigos das vítimas da Gol esperam pelo documento há um ano. "Somente esse laudo poderá trazer a resposta sobre as causas e os responsáveis pelo acidente. Ainda está faltando a assinatura dos técnicos para se divulgar o resultado. Queremos saber quem deve ser punido por tudo o que aconteceu e impedir que essa tragédia acabe em pizza".
Barros informou que duas missas estão sendo organizadas em Manaus pelas famílias. Além disso, haverá um sobrevôo ao Norte de Mato Grosso, onde foram encontrados os destroços do Boeing da Gol que em 29 de setembro do ano passado se chocou com um jato Legacy.
"A maioria das famílias que vivem em Manaus optou por não participar desse sobrevôo. Na opinião de muitos deles, estar lá seria como reviver lembranças terríveis do dia do acidente".
De acordo com a Arenpavaa, do total de passageiros mortos, cerca de 40 deles viviam em Manaus.
As informações são da Agência Brasil.