A água é um recurso natural finito, e sua quantidade per capita diminui a cada dia com o crescimento da população mundial e da degradação dos mananciais. O Brasil, detentor de cerca de 18% da água doce do planeta, tem responsabilidades especiais sobre seu uso, de forma a garantir a preservação da qualidade e da sua disponibilidade.
No entanto, os rios, lagos, banhados, reservatórios subterrâneos e outros corpos hídricos vêm sendo degradados por esgotos de variadas fontes, pela poluição industrial, pelo desmatamento em áreas de nascentes e de matas ciliares, por atividades agropecuárias em locais inadequados, pelo uso indiscriminado de agrotóxicos. A água contaminada prejudica a saúde física e social de todos.
Com o objetivo de salientar essa problemática e buscar soluções, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu em 1992 o Dia Mundial da Água, 22 de março.
A ONU elaborou ainda um documento intitulado Declaração Universal dos Direitos da Água, que traz recomendações como: a água é a seiva de nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de todo vegetal, animal ou ser humano. Ainda hoje, água limpa é um direito que está fora do alcance de muitos.
Em todo o globo, mais de um bilhão de pessoas não têm acesso a fontes de água melhoradas, enquanto quase 2,5 bilhões vivem sem saneamento básico. No Brasil, muitos padecem devido as doenças de veiculação hídrica, como febre tifóide, hepatite A, verminoses e cólera.
Dados do Ministério da Saúde demonstram que de 80% a 90% das internações hospitalares no Brasil são decorrentes de doenças transmitidas por água contaminada. Cada R$ 1 aplicado em saneamento básico representa cerca de R$ 4 ou R$ 5 economizados em saúde.