A Mostra de Cinema Cine Terreiro, ocorrerá nesta sexta (8), sábado (9) e domingo (10), em diferentes regiões de Londrina, inclusive na Concha Acústica (região Central da cidade). A exibição dos curtas tem como objetivo enaltecer e prestigiar a herança cultural da matriz afro-brasileira e indígena, abordando, também, vertentes como o neo-xamanismo.
A programação começa com a exibição de dois curtas “Folhas Miúdas: Infância em Terreiros” e “5 Fitas” a partir das 9h no Colégio Estadual Professora Roseli Piotto Roehrig (Rua Basílio Zani, 27, Jose Giordano). Terá também um bate-papo com a equipe da Mostra e a performance teatral da atriz Edna Aguiar, com a peça “Preta do Leite”.
No sábado (9), as atividades começam também às 9h na Casa Ylê Axé Opô Omin (Rua Maria José da Silva, 17, Conjunto Maria Cecília Serrano de Oliveira). Serão apresentados cinco curtas: “Encruza”, “João de Una tem um Boi”, “Joãosinho da Goméa – O Rei do Candomblé”, “O atabaque na minha vida” e “Senhor da Terra”. Logo depois da exibição, será promovida uma oficina de realização audiovisual com o uso de smartphones para integrantes de terreiros e um bate-papo com a equipe da Mostra.
No último dia da mostra, domingo (10), a programação se inicia às 18h45 na Concha Acústica (Praça Primeiro de Maio) e terá Edna Aguiar atuando como Mestra de Cerimônias. Serão exibidos oito curtas: “Quebra Panela”, “Noke Koi – Povo Verdadeiro”, “Encruza”, “Senhor da Terra”, “Romana”, “Onde aprendo a falar com o vento”, “O Jardim Fantástico” e “João de Una tem um Boi”.
O festival de cinema valoriza a cultura afro-brasileira e indígena
O coordenador-geral do projeto pela produtora Caixa Mágica Filmes, Arthur Henrique de Deus Ribeiro dos Santos, explicou que o festival teve início como uma mostra itinerante, com seis edições realizadas em diferentes locais. Em 2024, o festival chega à sua quarta edição, consolidando-se como um espaço de valorização e difusão da cultura afro-brasileira e indígena. Conforme dos Santos, a iniciativa de criar o Cine Terreiro surgiu a partir do desejo de fazer o registro das imagens das casas de culto afro-brasileiro já documentadas, trazendo e levando a cultura afro-brasileira para todos terem acesso à cultura ancestral. “A mostra tem uma importância fundamental para a valorização e reparação de um espaço historicamente negado, ocupando, abrindo diálogo e desmistificando as culturas de matriz afro-brasileira e indígena, que são parte integrante da identidade e da diversidade do povo brasileiro”, disse.
De acordo com o coordenador do projeto, as ações realçam a importância de filmes refletindo questões ligadas ao território, enaltecendo as espiritualidades e cosmovisões de matriz africana e indígena, formando plateias, gerando debates e discussões sobre direitos sociais.
Os filmes, produzidos em localidades de todo o Brasil, foram selecionados por uma curadoria composta por membros da comunidade de terreiro, povos originários, cineastas, zeladores do culto afro-religioso e indígenas. A equipe de curadoria procurou por produções cinematográficas que abordam temas como a relação com o território, a ancestralidade, a resistência e a espiritualidade desses povos.
A Mostra de Cinema Cine Terreiro, em Londrina/PR, tem realização através da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura, Governo Federal e conta com apoio da Prefeitura de Londrina, Caixa Mágica Filmes, Ori Audiovisual Cruzeiro Filmes.
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