Moradora desde a década de 1970 do jardim Ana Eliza 3, em Cambé (Região Metropolitana de Londrina), a pensionista Joana dos Santos acordou aliviada nesta quinta-feira (14) ao ver grande parte do antigo cadeião transformado em escombros.
“Muitas mulheres chegam a noite do trabalho aqui e tinham medo de passar em frente, porque muitas pessoas dormiam ali dentro, ninguém sabia a intenção delas”, contou.
A ruína da antiga estrutura começou a ser colocada abaixo na tarde de quarta-feira (13) por servidores da prefeitura, com o auxílio de uma retroescavadeira. A construção do prédio, que serviria para ser um distrito policial, teve início na década de 1990, mas foi interrompida no ano de 1999.
Leia mais:
Jogadora do Corinthians bate o carro, atropela mulher, tenta fugir e é impedida de deixar local
Lula defende 'pilar social' e jornada de trabalho equilibrada no G20
STF tem cinco votos para manter prisão do ex-jogador Robinho
Pais de Karoline e Luan pedem indenização de quase R$ 2 milhões ao Governo do Paraná
“A prefeitura, na época, entrou com o terreno e o Estado tinha que construir, no entanto, parou a obra e nunca mais ninguém fez nada. Tinha um imbróglio do TCE-PR (Tribunal de Contas do Estado do Paraná), Governo do Estado, que não autorizavam a demolição”, explicou o prefeito Conrado Scheller.
Antes da demolição, o Executivo cambeense elaborou um laudo técnico, com engenheiros e servidores da Defesa Civil, para indicar que a estrutura estava condenada, ou seja, não poderia ser aproveitada, e assim pedir autorização ao Estado para a derrubada, o que foi feito em setembro. A área voltou para a posse do município. “O TCE também acelerou os processos e tivemos a autorização para demolir”, afirmou.
Com o abandono, o espaço serviu por décadas como abrigo para pessoas em situação de rua, usuários de drogas e esconderijo para criminosos. Até fogo já tinha sido colocado algumas vezes, com as marcas dos incêndios nas paredes escuras.
Além disso, animais peçonhentos estavam se multiplicando no local e indo para as casas. “Juntava muita tranqueira, tinha morador que jogava lixo. Era terrível ter um esqueleto de construção todo pichado e quebrado no bairro. Vai melhorar muito com essa demolição, tinha passado da hora de alguém tomar uma atitude”, destacou a dona de casa Maria Aparecida de Pereira, que vive na região há quase 50 anos.
Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA: