Depois de uma semana em que reinou sozinho, o petróleo agora terá que dividir as atenções dos investidores com a Reunião do FOMC, que definirá a taxa de juros nos EUA a ser divulgada na sexta. Existe um consenso de que a taxa do Fed Fund subirá 0,25pp para 3,25%aa. A dúvida está relacionada ao comunicado pós-decisão e que sinaliza os próximos passos do FED. Segundo pesquisa divulgada na última semana, mais da metade dos investidores acreditam que o Banco Central retirará ao menos uma das duas palavras-chave de seu comunicado (accomodative e measured), opinião com a qual não concordo tomando como base as últimas declarações de diretores do FED. Se uma das palavras for retirada o mercado trabalhará com a hipótese de apenas 1 ou 2 aumentos no FED Fund (p/3,5%aa - 3,75%aa) antes do fim do atual ciclo de alta. Por outro lado, mantidas as 2 palavras, as apostas serão de 2 a 4 elevações adicionais no FED Fund, p/ 3,75%aa - 4,25%aa. Quanto ao petróleo o cenário não é animador no curto prazo, após o rompimento de US$ 60, já que o próximo objetivo seria $62,7 e deve ser buscado ainda ao longo desta semana. Com Petróleo em alta e FED elevando os juros a semana não promete ser muito animadora para as Bolsas.
Por aqui continuo acreditando que o efeito da crise política sobre os mercados continuará diminuindo gradualmente, a não ser que surja algum fato novo envolvendo Lula ou Palocci. Para as bolsas o cenário não é dos melhores considerando sua condição técnica, os fatores externos e a taxa de juros interna. E atenção para um provável novo teste do Dólar no piso a R$ 2.36.