Mercado Financeiro

Encerramento do Mercado Financeiro em 26.12.01

26 dez 2001 às 18:14
ARGENTINA
Frigeri afirmou que os depósitos em renda fixa manterão seu valor na moeda em que estão, mas quem quiser retirar dinheiro no curto prazo terá de fazê-lo em argentinos. Segundo ele, o argentino poderia começar a circular no início de janeiro. Mas Frigeri disse que o valor a ser emitido depende de "uma política fiscal muito restrita e uma emissão muito controlada". O representante das Finanças justificou essa colocação lembrando que, "com esta falta de liquidez, não se pode reativar absolutamente nada". O peso está atado ao dólar desde 1991, sob o sistema de conversibilidade monetária, que é criticado por alguns analistas que sustentam que a rigidez da paridade asfixiou a economia, estagnada desde 1998.
Como esse regime proíbe a emissão de pesos se não estiverem respaldados por dólares e a crise fez cair dramaticamente o volume de moeda circulante, o novo governo do presidente Adolfo Rodríguez Saá decidiu emitir uma terceira moeda, não atada à divisa americana, para injetar liquidez no país.
Dívida externa - O novo governo da Argentina começa a detalhar sua política econômica, mas o mercado ainda espera mais definições sobre a moratória anunciada no domingo. Nesta quarta-feira, Frigeri disse apenas que os compromissos externos serão pagos, mas é preciso resolver primeiro a crise social do país.
CÂMBIO
O dólar paralelo fechou em baixa de 0,38% nesta quarta-feira no mercado paulista, cotado a R$ 2,55 para compra e a R$ 2,60% para venda. Na máxima do dia, o paralelo foi negociado a R$ 2,61. O mercado eletrônico de dólar spot da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro encerrou cotado a R$ 2,321, 0,9% abaixo do fechamento do dia anterior. Foram registradas 142 operações, gerando um volume de US$ 197 milhões ou R$ 455.755.000,00. O dólar comercial fechou em baixa de 0,59% nesta quarta-feira, depois de ter operado com desvalorização durante todo o dia. A moeda americana chegou ao fim dos negócios cotada a R$ 2,321 para compra e a R$ 2,323 para venda.
JUROS
O mercado futuro de juros mantém tendência de baixa no encerramento do pregão desta quarta-feira na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F). Os últimos negócios indicavam queda para os vencimentos dos próximos quatro meses. A taxa para abril, a mais negociada, estava em 19,26%, contra 19,56% no fechamento de sexta-feira. A BM&F ainda faz os ajustes de fechamento do mercado futuro de juros. A bolsa registrou 99.060 contratos de juros futuros, que movimentaram R$ 9,43 bilhões.
BOLSA DE VALORES
O pregão viva-voz da Bovespa fechou nesta quarta-feira em leve queda de 0,07%, com Ibovespa em 13.358 pontos e volume financeiro de R$ 431 milhões. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o Ibovespa futuro encerrou praticamente estável, negociado em 13.680 pontos.
NOSSA VISÃO
O comportamento dos mercados no Brasil nesta quarta-feira, demonstrou claro descolamento da crise na Argentina, estivemos muito mais atrelados ao mercado norte-americano do que as interpéres do país vizinho. O que realmente faltou foi volume financeiro ao mercado, que no final do pregão aproveitou a alta de alguns papéis e efetuou uma leve realização.

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