Mercado Financeiro

Abertura do Mercado Financeiro em 17.05.02

17 mai 2002 às 08:25

EUROPA

A Bolsa de Valores de Londres abriu o pregão em alta de 0,47%. A Bolsa de Paris opera em alta de 0,52%. Em Frankfurt, alta de 1,54%. Alta também nas Bolsas de Madri (1,01%), Milão (0,74%) e Zurique (0,28%).


ÀSIA


O índice Nikkei da Bolsa de Valores de Tóquio subiu 108,63 pontos, o equivalente a 0,93%, fechando com 11.847,32 pontos. A Bolsa de Hong Kong também fechou em alta de 1,20%. Em Taipé, alta de 0,51%.


PETRÓLEO


O preço do barril do petróleo Brent teve uma ligeira queda no mercado de Londres, apesar do governo russo ter anunciado o aumento progressivo das exportações. Na abertura dos negócios, o Brent para entrega em junho estava cotado a US$ 26,30, contra US$ 26,47 no fechamento de ontem. Em Nova York, o preço do barril de referência fechou a US$ 27,95. Já o preço da cesta OPEP ficou em US$ 25,30.


DESTAQUES


A Copel registrou um lucro líquido de R$ 141,8 milhões nos três primeiros meses do ano. No mesmo período do ano passado, a companhia havia obtido lucro de R$ 30 milhões. A receita líquida subiu para R$ 632,7 milhões, ante R$ 505,7 milhões no primeiro trimestre de 2001. A Companhia Paranaense de Energia Elétrica teve no período despesas financeiras líquidas de R$ 15,3 milhões, ante gastos de R$ 82,6 milhões no mesmo período do ano passado. O resultado operacional subiu de R$ 48 milhões para R$ 224,2 milhões.



A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) teve um lucro líquido de R$ 111,278 milhões no primeiro trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 23,774 milhões registrado no mesmo período de 2001. Na mesma base de comparação, a receita líquida subiu 3,4%, passando para R$ 896,897 milhões. As despesas financeiras líquidas ficaram em R$ 175,43 milhões nos três primeiros meses deste ano. No mesmo período do ano passado, o item havia subido para R$ 348,948 milhões por causa da alta do dólar, e foi um dos principais responsáveis pelo prejuízo daquele período


FUSÃO


Por enquanto, o discurso oficial dos dirigentes é de busca de sinergias: as duas bolsas estudam formas de unir alguns serviços, que poderiam ser prestados em conjunto. A idéia é ter, por exemplo, um único centro de custódia, um único departamento de compras ou um mesmo RH. Mas entre as principais corretoras também se considera a possibilidade de manter um só foro de negociação e liquidação das operações, com a correspondente redução de custos. Não há um prazo determinado para o fim das negociações. Há quem diga que as ações das duas bolsas poderiam passar para uma nova holding. Este modelo de gestão já existe na Europa. Se o namoro virar casamento, a BM&F poderá tentar um segundo passo: administrar as câmaras de compensação privadas (clearings) criadas para operar no âmbito do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). A BM&F já é dona do sistema eletrônico de negociação de títulos públicos da Bolsa de Valores do Rio (o chamado Sisbex) e da parte de clearing de títulos da CBLC, que pertencia à Bovespa.


O avanço da BM&F começou a ser desenhado no ano passado. Um estudo interno recomendava a unificação de clearings e dos centros de negócios para a redução de custos. O crescimento da bolsa brasileira de futuros, oitava maior do mundo pelo ranking de janeiro e fevereiro, contrasta com a Bovespa. Neste ano, nada menos do que 13 corretoras revenderam seus títulos para a instituição e deixaram de operar no pregão. Outras 13 reduziram seu volume de operações. Entre as corretoras que se desfizeram de seus títulos está a Novação, que pertence ao ex-presidente da Bovespa Alfredo Rizkallah.

O peso da CPMF responde em parte pela debandada. Com a redução do giro de negócios — a Bovespa movimenta hoje uma média de US$ 200 milhões, contra US$ 350 milhões há seis anos — diminuiu também o ganho com a taxa de corretagem das corretoras. A previsão dos analistas é que poucas vão sobreviver. Mantido o atual ritmo, também é possível que o pregão viva-voz deixe de operar, dando lugar exclusivamente ao pregão eletrônico. O presidente da BM&F, Manoel Félix Cintra Neto, confirma que vai "trabalhar em tudo que poderá ser unificado", mas nega que o objetivo seja uma fusão com a Bovespa.


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