Mercado Financeiro

Abertura do Mercado Financeiro em 12.12.01

12 dez 2001 às 08:13
CÂMBIO
O mercado de câmbio opera nesta quarta-feira atento aos movimentos do Banco Central, que na terça-feira provocou a alta do dólar ao manifestar a intenção de alongar os títulos cambiais que vencem no primeiro semestre de 2002. Esse alongamento, que já era esperado, além de postergar o pagamento dos títulos, ainda tenta incentivar o investidor a trocar uma operação de "hedge" por um investimento em títulos mais longos. O investidor que não se interessar pela troca poderá destinar seus recursos ao mercado à vista de câmbio, o que pode pressionar as cotações. Como contraponto, no entanto, estão as captações externas das empresas, que vêm crescendo. Com o descolamento do mercado argentino, a moeda americana surpreendeu todas as expectativas ao voltar ao patamar dos R$ 2,30, e já causa incômodo em grandes investidores. Mesmo com a alta de 2,01% da terça, a queda acumulada em dezembro é de 4,84%.
RENDA VARIÁVEL
Empurrada por mais um corte na taxa básica dos juros americanos, a bolsa de Tóquio recuperou as perdas de três pregões seguidos de baixa, fechando a terça-feira em alta de 3,13% (327,61 pontos), com o índice Nikkei cotado a 10.801,52. O resultado é ainda mais expressivo considerando que o país entrou sexta-feira oficialmente em recessão, e o cenário interno da economia é desanimador, com empresas quebrando, outras operando no vermelho e os bancos afogados em empréstimos não pagos.Não foi só Tóquio que recebeu bem a decisão do Federal Reserve. A Bolsa de Taiwan disparou, fechando em alta de 5,03%, atingindo 5.539,31 pontos. Seul registrou ganhos mais discretos, de 1,69%Hong Kong e Cingapura não acompanham a euforia das outras bolsas. O índice Hang Seng tem ascensão discreta de 0,45%, enquanto o Strait Times sofre ligeira queda de 0,05%. Neste momento o índice futuro NASDAQ-100 sobe 1%; S&P 500 em alta 0,46%.
JUROS
Ontem o FED reduziu em 0,25% a taxa básica de juros anual norte-americana que ficou em 1,75%, desde 1950 não se registrava um juro tão baixa assim. Já no Brasil não se espera uma queda de juros tendo em vista os índices de inflação apresentados.
INFLAÇÃO
Caso o percentual de 0,36% registrado na primeira prévia de dezembro do IPC-Fipe se repita no resultado fechado do mês, a inflação anual será de 7,24%. A acumulada até novembro é de 6,86%. No entanto, a segunda quinzena do mês é marcada pelas vendas do Natal, quando normalmente o comércio aumenta seus preços aproveitando o grande aumento da demanda.

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