O comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil começa hoje a reunião que se estende até amanhã 18 de agosto para decidir o futuro da taxa de juros básica (Selic) da economia brasileira, que está atualmente em 16% ao ano. Nossa previsão para a reunião do Copom é de que o comitê manterá a taxa inalterada.
O atual quadro inflacionário ainda não deu sinais visíveis de recuo, para que isto ocorra é necessária uma valorização do real frente ao dólar, pois nossa moeda está excessivamente depreciada. O aquecimento da economia está demandando consumo, pois uma massa considerável de desempregados voltou a ter renda e isto gera inflação de demanda somente juros elevados conseguem segurar esta possível elevação de preços. E na questão internacional o risco do petróleo permanecer mais tempo em alta pode levar a um repasse de preços nos derivados e consequententemente a toda cadeia produtiva. Então não há o que se fazer neste momento a não ser avaliar os impactos destes iténs no decorrer de mais um mês, podendo até forçar uma alta de juros em setembro se o cenário atual permanecer. Mas isto somente a ata a ser divulgada no dia 26 próxima semana vai confirmar. Para o dia de hoje o mercado de ações continua apostando num cenário otimista e a Bovespa vai buscar um ponto mais elevado em seu índice podendo antecipar as previsões para dezembro. Já o dólar tradicionalmente se eleva um pouco em função do Copom e os juros futuros tendem a ter leve alta.
Destaque
Maior geradora privada de energia do País, a Tractebel teve receitas de R$ 1,099 bilhão no primeiro semestre. Com o resultado, 44% melhor do que o do ano passado, o lucro da companhia chegou a R$ 299 milhões em seis meses. Apesar do desempenho positivo, o presidente da empresa, Manoel Zaroni, diz que ainda não é possível definir a política de investimentos da geradora para os próximos anos. Isso porque, segundo ele, a regulamentação do setor tem muitos pontos indefinidos.
Mercado Externo
Os preços do petróleo caíam em relação aos recordes de alta nesta terça-feira, depois de a vitória do presidente da Venezuela em um referendo amenizar os temores com a oferta. Às 8h50 (horário de Brasília), os contratos futuros para entrega em setembro do petróleo em Nova York operavam em queda para 45,78 dólares o barril, após atingirem 46,91 dólares na segunda-feira. A máxima do dia desta terça-feira foi de 46,06 dólares o barril. Em Londres, os contratos eram negociados em baixa de 0,42 dólar, para 42,27 dólares. A máxima do dia foi de 42,68 dólares no pregão eletrônico.
A Bolsa de Tóquio fechou em alta nesta terça-feira, depois de três pregões seguidos em queda, impulsionada pela compra de papéis dos setores bancário e de seguros. O índice Nikkei subiu 0,36% e encerrou o dia com 10.725 pontos.Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,29%, para 12.256. A procura por barganhas apagou as perdas do último pregão, ocasionadas pelos altos preços do petróleo. Na Bolsa de Cingapura, o pregão caiu pela segunda sessão seguida, com perda de 0,2% e 1.880 pontos no fechamento. Em Taiwan, a venda de papéis afetou o pregão da Bolsa de Taipé, que encerrou em baixa de 0,2%, com 5.342 pontos. a Coréia do Sul, a Bolsa de Seul fechou em queda (-0,4%, 771 pontos) pela segunda sessão consecutiva, com venda de papéis e realização de lucros. Na Malásia, a Bolsa de Kuala Lumpur teve ligeira desvalorização de 0,1% e fechou com 808 pontos. Na Tailândia, a Bolsa de Bangcoc subiu 1%, para 602 pontos, influenciada pelo otimismo em Wall Street. a Indonésia, a Bolsa de Jacarta esteve fechada em razão de um feriado nacional.