Mercado Financeiro

Abertura do Mercado de Financeiro

27 jul 2004 às 08:57

O Boletim Focus, divulgado pelo BC ontem, confirmou o maior pessimismo em relação à inflação, estimativas feitas por analistas de mercado apontam para redução mais lenta dos juros básicos da economia neste ano, para a maioria dos analistas a taxa Selic seria cortada em apenas 0,5 ponto percentual até o final do ano, chegando a 15,5% ao ano em dezembro e a inflação deste ano, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), deve ficar em 7,13%. Ainda que se espere uma velocidade menor na redução dos juros, os analistas consultados pelo BC se mostram um pouco mais otimistas em relação ao crescimento da economia neste ano. A projeção para a expansão do PIB (Produto Interno Bruto) foi elevada pela terceira semana consecutiva, passando de 3,57% para 3,65%.

Para o dia de hoje a nuvem negra sobre as denúncia contra o presidente do BC e o diretor de política monetária devem continuar permeando os pregões e o cenário externo também vai influenciar, a volatilidade será uma marca presente nesta última semana do mês.


Destaque:


O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) decidiu lançar produtos na Bolsa de Valores. A primeira tentativa nesse sentido, no entanto, não alcançou o resultado esperado, admite o banco. Os pequenos investidores ficaram com apenas 50% das cotas do PIBB (Papéis de Índice Brasil Bovespa), o equivalente a R$ 304 milhões. O PIBB é um fundo composto por 50 ações das empresas mais negociadas na Bolsa que pertenciam ao BNDESPar (BNDES Participações). Na opinião dos analistas de mercado o que faltou foi incentivo, como propiciar o uso do FGTS para compra do investimento ou então oferecer um deságio de compra. Pois a oferta foi realizada num período de alta do ínidce Bovespa o que não estimula investimentos tão pulverizados em ações.


Mercado Externo


As preocupações sobre os lucros de empresas do setor tecnológico continuaram a abater o ânimo dos investidores asiáticos, em TÓQUIO, o índice Nikkei caiu 1,15 por cento, para 11.031 pontos. Em HONG KONG, o índice Hang Seng desvalorizou-se 0,15 por cento, para 12.301 pontos, com a fraqueza da moeda local. Na MALÁSIA, o índice da bolsa de Kuala Lumpur recuou 0,28 por cento, para 836 pontos, cautelosos antes da divulgação dos resultados de algumas empresas locais, como a de energia Tenaga Nasional . Na INDONÉSIA, o índice da bolsa de Jacarta cedeu 0,33 por cento, para 759 pontos, acompanhando a tendência de mercados regionais como Tóquio. Na TAILÂNDIA, o índice Thailand Set teve variação negativa de 0,03 por cento, aos 633 pontos, em uma realização de lucros. Algumas praças seguiram na contra-mão, como a CORÉIA DO SUL, o índice da bolsa local avançou 0,31 por cento, para 738 pontos, CINGAPURA, o índice Straits Times subiu 0,71 por cento, para 1.869 pontos, com uma compra de barganhas e TAIWAN, o índice Taiwan Weighted ganhou 1,25 por cento, aos 5.398 pontos, devido a uma compra de barganhas entre as ações de tecnologia.

Em meio a problemas em uma série de refinarias e às previsões de uma queda nos estoques de energia dos Estados Unidos. Os contratos futuros do petróleo em Nova York subiam 0,14 dólar, para 41,58 dólares o barril, no pregão eletrônico desta manhã e em Londres, os contratos do petróleo tipo Brent avançavam 0,15 dólar, para 38,25 dólares. Os operadores também estão atentos a dados de quarta-feira sobre os estoques norte-americanos. Analistas ouvidos pela Reuters prevêem uma queda nos estoques de petróleo de 900 mil barris na última semana e de 150 mil barris nos de gasolina.


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