Pelo menos quatro dos oito asilos com notificação de interdição devem ser fechados nos próximos dias pela Vigilância Sanitária e secretaria municipal do Idoso de Londrina. Os quatro asilos que permanecerão abertos podem receber advertência formal. A Folha apurou as informações junto a uma fonte oficial, que não pôde ser identificada. Os asilos receberam termos de infração há cerca de um mês e meio por falta de alvarás de funcionamento e condições higiênico-sanitárias precárias. Cerca de 90 idosos viviam nas casas de repouso quando os proprietários foram notificados.
Depois do ato de notificação feito por técnicos da vigilância, todos os proprietários de asilos enviaram defesas, que foram analisadas individualmente. Os processos já foram encaminhados ao secretário municipal de Saúde, Silvio Fernandes, que deve se reunir na próxima semana com a secretária do Idoso, Maria Angela Santini, e com o gerente municipal da Vigilância Sanitária. O parecer final sobre a interdição e advertência deve ser divulgado após a reunião.
A interdição, disse Fernandes, é uma atitude extrema e deve ser analisada com cautela. "Depois que conversarmos com a secretária do Idoso vamos refletir sobre os casos", afimrou o secretário de Saúde. Fernandes disse que ainda não tomou conhecimento da análise realizada pela equipe da Vigilância.
A secretária do Idoso afirmou que não está informada sobre o relatório de defesa dos donos das casas de repouso. "Não posso antecipar porque ainda não tive acesso ao resultado do trabalho da vigilância", disse Maria Angela. A secretaria também vai efetuar uma análise própria acerca de cada uma das casas, informou ela. "Iremos avaliar a situação de risco para o idoso dentro de critários específicos, o que pode elevar ou rebaixar o número de casas interditadas", afirmou.
Segundo Maria Angela Santini, a secretaria ainda não sabe para onde irão os idosos, em caso de fechamento dos asilos. "Possivelmente faremos o remanejamento para as entidades filantrópicas que existem na cidade", adiantou. Ainda conforme a secretária, quase todos os oito asilos que estão em vias de interdição continuam funcionando normalmente. Maria Angela informou que o decreto de lei assinado no final de março pelo prefeito Nedson Micheleti (PT), onde estão dispostas normas para funcionamento de casas de repouso já está tendo retorno. "Muitas casas estão procurando se adequar à lei", assegurou a secretária.