A Vigilância Sanitária de Londrina não analisa a quantidade de flúor contida na água que a Sanepar distribui à população. Os exames são feitos pela própria empresa, que encaminha os laudos para aprovação da Vigilância Sanitária. O índice de flúor recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), segundo o odontopediatra e presidente da Associação Odontológica Norte do Paraná, Antonio Ferelle, deve variar entre 0,7 e uma parte por milhão (ppm). Entretanto, o armazenamento, a exposição ao sol e o encanamento por onde a água é conduzida podem alterar o teor do flúor e causar a fluorose, doença grave que atinge os dentes de crianças até seis anos de idade.
Segundo Ferelle, a fluorose causa manchas escuras nos dentes, formando lesões, quebrando o esmalte e levando ao aparecimento de cáries em crianças. A ingestão de água fluoretada em excesso, aliada à quantidade exagerada de creme dental com grande dosagem de flúor, também leva ao aparecimento da fluorose. Em adultos, diz o presidente da Associação Odontológica, não há pesquisa que comprove os malefícios da quantidade excessiva de flúor no organismo. Em Londrina também não há pesquisa que indique a presença efetiva de fluorose severa em crianças.
O gerente de operações da região metropolitana da Sanepar em Londrina, Nelson Hidemi Okano, informa que são feitas cerca de 180 análises por mês. Na cidade, o flúor fica na faixa de 0,4 a 0,9 ppm, diz o gerente, acrescentando que a aplicação é permanente, não sendo alterada conforme as estações do ano.
* Leia mais em reportagem de Maranúbia Barbosa na Folha de Londrina/Folha do Paraná desta terça-feira