Os vereadores utilizaram o grande expediente da sessão desta quinta-feira (9) da Câmara Municipal de Londrina para comentar a possibilidade de a prefeitura aumentar para até R$ 3,25 o valor da tarifa do transporte coletivo. A 1.ª Vara de Fazenda Pública condenou o município a incorporar a cláusula de lucratividade de 7,5% no contrato firmado com as empresas de ônibus. O município tinha até esta sexta-feira (10) para fazer a incorporação do índice e, consequentemente, reajustar o preço da passagem. A Justiça, entretanto, deu mais prazo para a prefeitura recalcular os valores.
Vilson Bittencourt (PSL) afirmou estar preocupado com o aumento iminente do valor da tarifa. "Vai pesar no bolso do trabalhador", destacou. Já Marcos Belinati (Pros) afirmou que se o preço for reajustado para R$ 3,25, Londrina vai ter uma das tarifas de transporte coletivo mais caras do país. "A prefeitura precisa começar a considerar a possibilidade de dispensar as atuais empresas e ir atrás de companhias que cobrem menos pelo serviço", observou.
Rony Alves (PTB), por sua vez, sugeriu para a Câmara formar uma comissão para analisar as planilhas de custos do serviço de transporte coletivo. "Podemos chamar o Observatório de Gestão Pública para nos ajudar a fazer a análise. É importante que os cálculos sejam realizados por órgãos que, na teoria, não têm interesse no sistema", argumentou.
Lenir de Assis (PT) também comentou o impasse e criticou o fato de a prefeitura ter determinado que os cálculos da nova tarifa sejam realizados de forma ágil. "O município não está preocupado com o trabalhador. É preciso entender que o serviço é público e precisa ser tratado como tal pela administração", afirmou.
Já Elza Correia (PMDB) defendeu o prefeito Alexandre Kireeff (PSD) da polêmica. "Ele foi até a Justiça e brigou contra o aumento", lembrou.
Outro lado
Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Londrina (Metrolon) afirmou que a tarifa vai subir nesta sexta-feira (10). "Desde o dia 7 de abril, o prefeito já tem os cálculos da tarifa. Por isso, as empresas de ônibus apenas aguardam o prazo determinado pela Justiça para que o Município cumpra a sentença e decrete o novo valor da tarifa", diz o texto.
(matéria atualizada às 18h40)