Tiroteio, ataques pessoais? Nada disso. O Secretário Municipal de Gestão Pública, Marco Cito, passou por um questionamento normal durante a sessão desta quinta-feira (3). Em pauta estavam dúvidas sobre o concurso da Guarda Municipal, marcado para este domingo. A sabatina durou pouco mais de 30 minutos.
As ameaças de suspensão do processo não foram feitas diretamente ao secretário, como ditas em plenário na última terça. Pelo contrário. A maioria das perguntas foi feita por Marcelo Belinati (PP), autor do pedido de informações, e quem teria pedido a presença de Marco Cito.
O que mais incomodou o pepista foi a celeridade do processo. "Um processo licitatório sendo realizado todo o trâmite burocrático em um dia apenas, sendo feito pré-contrato, contrato e pareceres. Não estava falando que havia nada de errado, mas eram dúvidas que deveriam ser sanados. Por que a rapidez", questionou.
Belinati também questionou a escolha do Iprocade para o concurso. "De que maneira esse instituto chegou à Londrina? Eu não sei se é procedimento padrão, um secretário receber visita de empresário e depois conhecer o instituto", disse. Logo emendou: "você sabe o respeito que tenho a sua pessoa."
"Desde que seja com recursos públicos, sim. Desde que ele não aceite favorecimentos, não tem problema nenhum", rebateu Marco Cito.
Joel Garcial (PDT) fez poucos questionamentos depois de ter sido acusado de pedir favorecimento em licitação, como denunciou o prefeito Barbosa Neto (PDT). O 'desafeto' apresentou um vídeo sem fazer pergunta ao secretário. "É para eu responder esse vídeo", indagou Cito. "Ficou preocupado com a legalidade ou não da licitação. O Tribunal de Contas recomenda e diz que é impossível dispor diretamente à empresa, sob a tese de que o município não estaria gastando nada", disse.
"Foi falado de inexigibilidade. Não foi o caso. Nós contratamos o Iprocade pelo artigo 24, parágrafo 13 da lei 8.666, que dispensa licitação para contratação de institutos de pesquisa e extensão sem fins lucrativos", afirmou Marco Cito.
Ele também afirmou que a contratação do Iprocade gerou mais de R$ 500 mil de economia à prefeitura.
No final, os questionamentos não foram mais com relação ao concurso da Guarda Municipal. Jacks Dias (PT) quis saber se a prefeitura já havia instaurado investigação sobre a entrega de moledo em propriedade rural na cidade de Tamarana. Amauri Cardoso (PSDB) fez uma piada sobre o assunto. "Só um acréscimo. Sem queres fazer piada, mas seria possível instalar GPS nos carros da prefeitura para que o povo não se perca", disse.