O vereador Rodrigo Gouvêa (PRP) foi preso no final da tarde desta terça-feira (13), em Londrina, pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado). O parlamentar estava em via pública, no centro da cidade.
Quem pediu a prisão do vereador por suposto crime de peculato foram os promotores públicos de Londrina. Rodrigo Gouvêa também é acusado por contratar funcionária fantasma por três meses. Maria Aparecida Vieira receberia R$ 2 mil por mês, mas não dava expediente na Câmara.
"O crime de peculato se configura em virtude do fato que o dinheiro público, destinado por lei para o pagamento de funcionários públicos, eram entregues a uma pessoa para fins particulares, sem que esta prestasse serviços em favor da Câmara", explicou o promotor Claudio Esteves.
O pedido de prisão preventiva foi acolhido pela juíza da 4º Vara Criminal, Carla Pedalino, por tentar garantir a ordem pública e instrução processual. "A própria denuncia descreve crime de constrangimento ilegal. Pouco antes de se iniciar um procedimento na Câmara, houve notícia de ameaça de ex-assessor que teria condições de revelar que Maria Aparecida não prestava serviços efetivos. Em virtude dessas ameaças, aliadas a outras questões, é que nós solicitamos a prisão e a Justiça acolheu o pedido", disse.
O vereador foi encaminhado ao Centro de Detenção e Ressocialização de Londrina. Ele não prestou depoimento no Gaeco, apenas vai falar em juízo. "A fase de investigação está encerrada. Após o oferecimento da denúncia, será marcado interrogatório. Não há motivo para inferição", explicou.
Rodrigo Gouvêa não compareceu a sessão da Câmara, realizada na tarde desta terça-feira. Ele já foi denunciado pelo Ministério Público por corrupção passiva e improbidade administrativa.