Após um longo período de quedas desde o início da pandemia de Covid-19 no Brasil - em março deste ano -, Londrina registrou o primeiro aumento no número de vagas de estágio e de aprendizagem, segundo o CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola).
De acordo com Roseli da Silva Marques, coordenadora regional do CIEE em Londrina, o aumento de vagas ocorreu no mês de julho. "Em julho tivemos um aumento de 10% na abertura de vagas em comparação com o mês de junho. A retomada foi tímida, mas continua a acontecer", afirma Marques.
Os dados de Londrina acompanham os nacionais, já que, em junho, o número de novas vagas de estágio cresceu 99,34% no cenário nacional em comparação com abril - primeiro mês em que as vagas foram afetadas pela pandemia. Quanto às vagas de aprendizes, o aumento foi de 101,48%.
"Até o início de março, as vagas de estágio e de aprendizagem estavam a todo vapor em Londrina. No entanto, com o início da pandemia e com o fechamento de muitas empresas, tivemos uma queda significante nas vagas, cerca de 30% a 35%", explica a coordenadora regional do CIEE.
Segundo Marques, os setores que mais empregam no município são o de serviços e o comércio. "Atualmente, temos, em média, 140 vagas abertas para estagiários e aprendizes", afirma.
Nesta sexta-feira (14), o CIEE comemora seus 53 anos. De acordo com Domingos Tarço Murta, presidente do CIEE Paraná, a instituição já atendeu mais de um milhão e 500 jovens em programas de estágio e de aprendizagem, cursos de capacitação e programas sociais. "Nesse tempo de pandemia, o CIEE tem oferecido a sua contribuição para melhorar as dificuldades que a crise afeta a todos nós", afirma.
E para os jovens que buscam uma primeira oportunidade, Marques elenca as principais orientações. "Minha dica é que o jovem se prepare para o processo seletivo, já que, provavelmente, ele não tem experiência profissional. Para isso, pode realizar cursos, o CIEE do Paraná oferece muitos de forma gratuita. Além disso, o candidato deve buscar informações sobre a empresa e as atividades que serão desenvolvidas. Falar um segundo idioma coloca o jovem um passo à frente, mas também é preciso se mostrar interessado e ser verdadeiro", finaliza a coordenadora.
*Sob supervisão de Larissa Ayumi Sato.