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Presença feminina

UEL registra 61% de mulheres nos cursos de pós-graduação

Redação Bonde com O Perobal
10 fev 2024 às 18:30

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- Arquivo/Rádio UEL
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Levantamento realizado pela ProPPG (Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação) para o Dia Internacional das Mulheres e Meninas nas Ciências, comemorado neste domingo (11), aponta que a presença feminina já é superior à masculina em todas as etapas da trajetória acadêmica na UEL (Universidade Estadual de Londrina). 


Da Iniciação Científica (IC) à pós-graduação, os números de meninas e mulheres envolvidas com a pesquisa acadêmica evidenciam um cenário mais equilibrado do ponto vista da igualdade de gênero, tema prioritário na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). 

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Por outro lado, dados da ONU e da Unesco, criadoras da data alusiva, apontam que as mulheres representam cerca de 30% dos pesquisadores, demonstrando que ainda existem barreiras a serem vencidas, especialmente em áreas como Ciências, Tecnologia, Engenharias e Matemática (STEM, na sigla em inglês).

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De acordo com a ProPPG, a UEL encerrou o ano de 2023 contando com 5.922 estudantes de pós-graduação. Do total, 3.670, ou seja, 61% são do sexo feminino. Este levantamento é amplo e leva em consideração desde as matrículas deferidas até as que possuem pendências e em todos os cursos - especializações lato sensu, mestrado e doutorado – ofertados pelos programas de pós-graduação da UEL. 


Os dados apontam que o Centro de Ciências da Saúde (CCS) é o que reúne o maior número – 638 – de pós-graduandas, representando 74% do total. Ao mesmo tempo, os dados mostram uma maior paridade de gênero nos centros onde estão localizadas as áreas do conhecimento que historicamente eram dominadas por homens. 

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Só para se ter uma ideia, o Centro de Ciências Exatas da UEL encerrou o ano passado com 542 alunas de pós-graduação, o que representa 55% do total. É neste centro onde estão os cursos das áreas de Computação, Física, Estatística e Matemática. 



Outro centro “dominado” pelas mulheres é o de Ciências Agrárias (CCA). Contando com os cursos das áreas de Zootecnia, Medicina Veterinária e Agronomia, o CCA da UEL conta com 64% de presença feminina em seus cursos de pós-graduação. Por lá, eram 318 mulheres “contra” 174 homens no final de 2023. 

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No caso do CTU (Centro de Tecnologia e Urbanismo), que reúne as áreas de Estruturas, Construção Civil, Engenharia Elétrica e Arquitetura e Urbanismo, a presença feminina é um pouco menor porém ainda bastante significativa – 37% – apontam os dados apurados pela ATI (Assessoria de Tecnologia da Informação).


EM BUSCA DE EQUIDADE

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Observando as mudanças no perfil dos estudantes, a pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação (ProPPG) da UEL, Silvia Meletti, destaca que os avanços na direção da igualdade de gênero são frutos de muito trabalho e lutas recentes. Por isso, ainda são avanços pequenos diante das enormes demandas. 


“Não é possível falarmos da inserção na ciência sem pensarmos na trajetória toda de formação em nível superior. Então, hoje nós já observamos uma mudança no perfil nos cursos de graduação. A presença da mulher está muito mais forte nestes cursos do que era há 15, 20 anos. Estamos caminhando para uma mudança deste perfil”, comemora. 

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Para exemplificar o quanto os avanços são recentes, ela destaca a incorporação da licença-maternidade das mulheres bolsistas de pós-graduação nos critérios de pontuação para a concessão das bolsas de estudo por parte dos órgãos de fomento. Inserido na Lei nº 13.536, esse critério foi regulamentado apenas em 2017.


“Antes da normativa nacional, a UEL já havia adotado todo um regramento para a maternidade na pós-graduação e, agora mais recentemente, a inserção da pontuação ser diferenciada para a distribuição do fomento interno para a distribuição de bolsas”, explica. 


“Então, isso será considerado na avaliação do seu currículo para a distribuição do fomento. Hoje, temos também o tempo da licença-maternidade que justifica a prorrogação do tempo regular tanto para a contagem dos prazos quanto da ampliação da bolsa”, conclui a pró-reitora.


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